O Banco de Inglaterra subiu as suas taxas diretoras pela quarta vez consecutiva. Esta quinta-feira acrescentou mais 25 pontos base à taxa que atinge, assim, 1%, o nível mais elevado desde início de 2009. Estava, antes da reunião desta quinta-feira, nos 0,75%.

O aumento em 25 pontos teve o apoio, segundo a Bloomberg, de seis dos administradores do banco central inglês, com os restantes três a defenderem, mesmo, um aumento mais expressivo.

Esta subida vem acompanhada, no entanto, de alertas sobre possíveis riscos de recessão em cima de uma inflação a dois dígitos, o que indiciam uma possível estagflação (ainda que os dados do desemprego estejam em níveis considerados baixos). Sinais que levaram a libra ao nível mais baixo em quase dois anos.

Isto acontece um dia depois da Fed ter aumentado as suas taxas em 50 pontos, ficando também em 1%, com Jerome Powell a avisar que manter a inflação sob controlo pode causa dor.

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Também Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, alertou para o impacto que a subida das taxas pode ter nas famílias. “Reconheço as dificuldades que isso causará às pessoas, particularmente as que têm rendimentos mais baixos”, declarou após a reunião do banco central.

O banco central admite que o Reino Unido deve conseguir evitar uma recessão técnica este ano — dois trimestres consecutivos de contração — ainda que antecipe uma queda do PIB de quase 1% no último trimestre deste ano, avançando com uma queda de 0,25% do produto em 2023, com um avanço tímido de 0,25% em 2024.

A inflação essa deve superar os 10% em outubro, para descer em três anos para os 1,3%. Com as taxas de juro a estarem, previsivelmente, nos 2,5% em meados de 2023. Em março a inflação atingiu, neste país, para 7%, face aos 6,2% de fevereiro, o maior nível dos últimos 30 anos.