O Papa Francisco declarou que a Igreja é “uma mãe e acolhe todos os seus filhos”, sem exceção. Segundo o Pontífice, não é a Igreja que rejeita a comunidade LGBTQ, mas “as pessoas na Igreja”.

As declarações de Francisco foram feitas durante uma entrevista concedida por escrito ao jesuíta James Martin, em representação do Outreach, um meio de comunicação norte-americano dedicado à comunidade católica LGBTQ, durante a qual o Papa respondeu às questões mais comuns colocadas por pessoas LGBTQ e seus familiares.

Questionado sobre qual é a coisa mais importante que as pessoas LGBTQ devem saber sobre Deus, o Pontífice respondeu que Deus “é Pai” e não descrimina os seus filhos. “O ‘estilo’ de Deus é o da ‘proximidade, compaixão e ternura'”, afirmou Francisco. Abordando a questão da rejeição, o Papa declarou que não é a Igreja que rejeita a comunidade LGBTQ, mas “as pessoas na Igreja”.

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“A Igreja é mãe e acolhe todos os seus filhos”, disse o líder da Igreja Católica, salientando que “uma Igreja ‘seletiva’, uma de ‘sangue puro’, não é a Santa Madre Igreja, mas uma seita”.

O Papa Francisco tem-se oposto à atitude de intolerância e exclusão e em relação à comunidade católica LGBTQ de muitos membros da Igreja Católica, o que não tem sido bem recebido pela ala mais conservadora da instituição.

No ano passado, a propósito do “Outreach 2021: LGBTQ Catholic Ministry Webinar”, que decorreu virtualmente a 26 de junho, o Papa enviou uma carta a James Martin onde fez declarações semelhantes. Na missiva, partilhada nas redes sociais pelo frade, Francisco agradeceu a Martin o seu “zelo” e trabalho feito junto da comunidade católica LGBTQ, lembrando que “o nosso Pai Celestial ama cada um e todos os seus filhos. O seu coração está aberto para todos”.