O PCP defendeu esta segunda-feira que a negação do papel da União Soviética na vitória contra o nazifascismo tem como objetivo trazer de volta este regime. Saudando o Dia da Vitória, os comunistas consideram que esta comemoração assume, no “atual momento internacional”, um “particular significado e uma acrescida importância”. O motivo? A “grave escalada de confrontação política, económica e militar para a qual o imperialismo quer arrastar toda a Humanidade”.
Em comunicado, para assinalar a vitória sobre a Alemanha nazi de Hitler há 77 anos, o PCP argumentaram que “as tentativas dos que hoje visam diminuir, deturpar e negar o papel da União Soviética e dos comunistas na vitória sobre o nazifascismo, que sobre novas roupagens procuram reabilitar o fascismo e que sob o anticomunismo escondem as conceções e os projetos mais reacionários e antidemocráticos, só devem merecer a firme denúncia e rejeição por parte dos democratas”.
O PCP considerou que “é justo” enaltecer o “contributo decisivo da URSS, do povo soviético e do seu Exército Vermelho”, que na ótica do partido “determinou o curso da guerra e permitiu libertar a Humanidade do nazifascismo”.
“Sem subestimar o papel da coligação dos países aliados que veio a formar-se no decurso da guerra, é justo sublinhar o contributo decisivo da URSS, do povo soviético e do seu Exército Vermelho, que – à custa de mais de 20 milhões de mortos e de enormes sacrifícios – determinou o curso da guerra e permitiu libertar a Humanidade do nazi-fascismo”, indicou o PCP, que elogiou o “contributo da resistência anti-fascista – onde os comunistas, com o movimento operário, assumiram um papel fundamental – na qual milhares deram as suas vidas em prol da causa da liberdade”.
Face ao “dramático agravamento” da guerra na Ucrânia, os comunistas advogaram que os Estados Unidos da América, os restantes Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), e a União Europeia (UE), “ao invés de se empenharem, como se impõe a todas as partes envolvidas no conflito, numa urgente solução negociada e política, promovem uma perigosa escalada da guerra”.
O PCP também elogiou “dimensão e alcance” da vitória sobre o nazifascismo, protagonizada pelas forças da paz e do progresso social, do socialismo, do movimento operário nos países capitalistas, do movimento de libertação nacional, o processo de emancipação dos trabalhadores e dos povos alcançou”.
As conquistas que advieram da vitória contra o regime de Hitler, “apesar do enorme recuo verificado há 30 anos, continuam a repercutir-se na atualidade”, sustentaram os comunistas.