Pelo menos 44 reclusos morreram e 13 ficaram feridos esta segunda-feira num confronto entre gangues na prisão de Bellavista, em Santo Domingo de los Colorados, a quarta maior prisão do país, no centro do Equador, informou o Ministério Público e o governo equatoriano.
De acordo com a informação divulgada, o confronto envolveu os gangues rivais Los Lobos e R7. Foram usadas facas e outras armas improvisadas. A situação está a “em desenvolvimento”, disse o Ministério Público, segundo a AFP. O número de vítimas pode ainda vir a aumentar.
#ACTUALIZACIÓN | Hasta el momento se registran 44 internos fallecidos tras los violentos incidentes registrados en el CRS Bellavista, en #SantoDomingoDeLosTsáchilas. #FiscalíaEc continúa practicando diligencias. #FiscalíaContraElDelito
— Fiscalía Ecuador (@FiscaliaEcuador) May 9, 2022
O ministro do Interior, Patricio Carrillo, adiantou numa conferência de imprensa que “um número significativo” de reclusos tinha fugido. Pelo menos 112 presos terão fugido.
O incidente aconteceu cerca de um mês depois de 20 reclusos terem morrido na penitenciária de El Turi, em Cuenca, no sul do país. O confronto foi o quinto registado desde o início do ano nas prisões equatorianas e seguiu o modo operacional habitual, que envolve o disparo de armas de fogo e o uso de machetes.
O governo justifica a violência com o controlo exercido por gangues de droga no interior das prisões. Acusado de não fazer o suficiente, o Presidente Guillermo Lasso, eleito há menos de um ano, libertou fundos adicionais e ordenou a contratação de mais guardas. Foi também criada uma comissão, em dezembro passado, que concluiu que as prisões equatorianas se transformaram “em centros de tortura”, citou a AFP.