Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML) cumprem na quarta-feira e no dia 27 novas greves parciais, entre as 05h00 e as 09h00, contra a falta de condições de trabalho na área operacional, devendo a circulação iniciar-se pelas 09h30.
Em comunicado, divulgado esta segunda-feira, a transportadora refere que, como se prevê que a circulação fique afetada, “o serviço de transporte terá início, previsivelmente, a partir das 09h30”.
Em declarações à Lusa, aquando da anterior paralisação, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou que o pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos para os dias 18 e 27 tinha a ver com as condições de trabalho, mas também com “a falta de efetivos e o clima [instalado na empresa] por parte da direção relativamente aos trabalhadores”.
De acordo com Anabela Carvalheira, a paralisação assenta nos mesmos motivos das greves parciais realizadas em março, nos dias 14, 22 e 29 de abril e em 4 de maio.
Em causa, explicou anteriormente, está uma área da empresa que “representa os trabalhadores maquinistas e os trabalhadores chefia do posto de comando central”.
Na prática, segundo a Fectrans, trata-se de uma “situação desregrada quer de horários, quer de falta de trabalhadores e más condições de trabalho”, a que se soma “a grande prepotência por parte da direção, que leva a que os trabalhadores estejam a atingir o limite de cansaço”.
Os trabalhadores do Metro de Lisboa têm agendado para terça-feira, véspera da greve, um plenário.
O Metropolitano de Lisboa diariamente opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).
Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e as 01h00.