De regresso ao tribunal de Fairfax, no estado norte-americano da Virgínia, foi a vez de ouvir Ellen Barkin no caso Depp vs Heard. A atriz norte-americana, que teve um relacionamento “sexual” com Johnny Depp, trouxe à tona um episódio de violência e cenas de ciúmes intermináveis.
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A estrela de 68 anos, através de um depoimento pré-gravado de 2019, declarou que o famoso ator atirou uma garrafa de vinho pelo quarto de hotel na sua direção, sem que alguma coisa o justificasse. Isto ocorreu durante uma suposta discórdia entre Johnny Depp e os amigos, e, garantiu Barkin, a garrafa não feriu ninguém.
“Controlador”, “ciumento” e “bêbado” — até quando o estava a conhecer nas gravações do filme Fear and Loathing in Las Vegas (1998). Foram estes os adjetivos utilizados por Barkin para descrever o protagonista de Piratas das Caraíbas. “Ele estava sempre a beber e a fumar cigarros de canábis enrolados”, detalhou de acordo com a People, acrescentando que era comum ver Depp sob a influência de alucinogénios e a consumir cocaína.
A acusação não é nova e Johnny Depp em 2020 — quando ia a tribunal por causa do tabloide The Sun — apelidou a alegação de “inverídica”, informava a Reuters na altura, reforçando que Barkin guardava rancor.
Agora, sobre as atitudes de um dos rostos mais icónicos de Hollywood, a atriz afirmou que era engolida pelas desconfianças do então companheiro. “Onde vais, com quem, o que fizeste ontem à noite?”, questionava Depp.
Uma vez, eu tive um arranhão nas costas que o deixou muito, muito irritado, porque insistiu em que eu tinha feito sexo com outra pessoa, que não ele”, exemplificou.
![1994 Johnny Depp and Ellen Barkin File Photos](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:3000:2199/c:3000:2199:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2022/05/20110735/GettyImages-82754013.jpg)
▲ Noutros tempos, Johnny Depp e Ellen Barkin
WireImage
Se Johnny Depp enfrentou as acusações da estrela de Animal Kingdom esta quinta-feira, na memória já estavam retidas as palavras que a irmã de Hamber Heard, Whitney Henriquez, proferiu no julgamento na quarta-feira.
“Francamente, todos nos apaixonamos por ele [Depp]. No começo”, referiu Whitney, revelando que esporadicamente consumia drogas com o antigo cunhado.
![Johnny Depp & Amber Heard Defamation Trial Continues](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:4096:2730/c:4096:2730:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2022/05/20112735/GettyImages-1240778589-scaled.jpg)
▲ Esta quarta, Whitney Henriquez e Amber Heard fora do tribunal de Fairfax, no estado norte-americano da Virgínia
Getty Images
Henriquez foi questionada sobre o incidente de março de 2015 — Depp terá batido nas irmãs nas escadas da penthouse. Tudo começou porque Heard encontrou mensagens que provavam que Depp estava a ter um caso e, aí, explodiu uma discussão. A razão da traição? “Amber obrigou-me a fazer isto”, terá respondido o ator. Deu a Whitney um encontrão nas costas quando subiu as escadas para confrontar a então esposa. Já num cenário com os nervos à flor da pele, a irmã contou:
“Nessa altura, o Johnny já a tinha agarrado pelo cabelo com uma mão e esbofeteava-a na cara com a outra”, vincando que esta foi a única vez que viu agressões físicas entre o casal, mas que chegou a ver a irmã com hematomas por múltiplas vezes.
Após assistir àquela agressão, Henriquez revelou que recebeu um acordo de confidencialidade para assinar com o objetivo de “manter a boca fechada, essencialmente”. “Não acredito que assinei”, lamentou ainda.
O segurança McGivern, uma das testemunhas de Depp, já tinha relatado uma versão diferente dos acontecimentos. Estava a decorrer uma “conversa relativamente pacífica” que se transformou numa discussão “mais volátil”. Heard terá atirado uma lata de Red Bull — no depoimento da irmã, foi Depp quem atirou — e o “Capitão Jack Sparrow” estava “com raiva e agitado”. Complementou que a atriz de Aquaman “tentou cuspir-lhe” e, no fim, o olho do seu protegido estava “inchado e vermelho”.