O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou este sábado que só a diplomacia conseguirá pôr fim à guerra na Ucrânia, numa altura em que as negociações entre Moscovo e Kiev estão num impasse. “O fim [do conflito] será diplomático”, declarou Zelensky, numa entrevista a um canal de televisão ucraniano.

De acordo com o chefe de Estado ucraniano, a guerra “será sangrenta, continuarão os combates, mas só acabará definitivamente pela via diplomática”. Estas declarações foram transmitidas no dia em que o primeiro-ministro português, António Costa, chegou a Kiev para manifestar solidariedade ao povo ucraniano e reunir-se com Volodymyr Zelensky.

A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou que 3.811 civis morreram e 4.278 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

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