A greve parcial convocada esta segunda-feira pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) suprimiu, até às 10h00, cerca de 70% dos comboios programados, disse esta segunda-feira à Lusa fonte da CP — Comboios de Portugal –, números entretanto contestados pelo sindicato.

Foram suprimidos 61 comboios, 70% dos comboios programados, que eram 87“, indicou a mesma fonte, referindo-se ao período entre a meia-noite e as 10h00 desta segunda-feira.

Contactado pela Lusa, o dirigente do SFRCI no Porto, António Lemos, contestou os números avançados pela transportadora, considerando que “não faz sentido” ir buscar números desde a meia-noite de hoje.

“A greve começou às 05h00, e comboios até às 05h00, aqueles que são da noite, efetuaram-se e não faziam parte da greve”, disse à Lusa.

O sindicalista adiantou ainda que após as 08h30, hora prevista para o fim da paralisação, o serviço já está a ser retomado gradualmente, mas ainda sem a regularidade prevista nos horários, “por causa da recolocação dos trabalhadores” para efetuarem os comboios.

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Na sexta-feira, a CP alertou para possíveis perturbações nos urbanos do Porto na manhã desta segunda-feira, devido a uma greve parcial sem serviços mínimos, de acordo com um comunicado.

O SFRCI anunciou na quinta-feira duas novas greves parciais nas zonas urbanas de Porto e Lisboa neste mês, reivindicando melhorias salariais.

A greve parcial na zona urbana do Porto decorreu esta segunda-feira entre as 05h00 e as 08h30, enquanto a da zona urbana de Lisboa está prevista para o dia 27, entre as 17h00 e as 21h00, foi anunciado pela direção do sindicato, em comunicado.

O sindicato, que na CP representa a maioria dos trabalhadores do serviço comercial e transporte (revisores, trabalhadores das bilheteiras e as suas chefias diretas), considerou que o aumento de 0,9% da tabela salarial não é “um valor aceitável” face a contínua perda de poder de compra, “algo que já acontece desde 2019”.

Os trabalhadores da CP fizeram em 16 de maio uma greve de 24 horas, para reivindicar aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores.