Os números serão estratosféricos. Depois de renovar com o PSG até 2025, Kylian Mbappé vai tornar-se o jogador mais bem pago da história, auferindo cerca de 1,9 milhões de euros limpos por semana e algo como 300 milhões de prémio de assinatura, num prolongamento de vínculo que vai custar perto de 590 milhões ao clube francês. Esta segunda-feira, dois dias depois do anúncio oficial que afastou o avançado do Real Madrid, chegou a hora de explicar todos os valores inéditos.

Em conferência de imprensa, ao lado do presidente Nasser Al-Khelaïfi e em pleno Parque dos Príncipes, Mbappé justificou o facto de ter optado por ficar em Paris e não rumar aos merengues — sendo que, há pouco mais de uma semana, tinha sido dado como praticamente certo no Real Madrid por toda a imprensa internacional. “Foi uma decisão difícil. Queria ter tempo para tomar a melhor decisão possível. Não tenho problemas com a pressão, vivo com ela desde os 14 anos. Sim, já quis sair, mas os anos são diferentes. Quero viver em França, é o meu país. O clube também quer mudar muitas coisas no plano desportivo. A minha história aqui não terminou”, disse o avançado de 23 anos, garantindo depois que nunca quis desiludir os adeptos do clube espanhol.

“Tomei a decisão na semana passada. Queria fazer uma surpresa mas também queria ligar ao presidente do Real, Florentino Pérez, para lhe dar a notícia como homem honrado que pretendo ser […] Nunca joguei no Real Madrid e agradeço aos adeptos por me terem feito sentir como se fosse um deles. Compreendo a desilusão mas espero que também compreendam a minha decisão de continuar no meu país. Sou francês e, como francês, tenho o sonho de continuar cá e de ver França e o seu campeonato lá em cima”, acrescentou Mbappé, terminando com a ideia de que a decisão que tomou não significa que nunca será jogador dos merengues. “Não sei o que vai acontecer no futuro”, completou.

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Nasser Al-Khelaïfi, que foi muito criticado nos últimos dias por ter deixado o PSG “à mercê” de Mbappé — principalmente devido às notícias que dão conta de que o avançado terá algo a dizer sobre as contratações, sobre a escolha do novo diretor desportivo e até sobre a opção relativamente ao futuro treinador no pós-Mauricio Pochettino –, lembrou que este é “um grande dia” para o clube.

“É um momento importante para a liga francesa. Mantemos o melhor jogador do mundo. O objetivo é vencer a Liga dos Campeões. Desde o início que ele está no centro do nosso projeto e queremos ganhar mais e mais, como nunca. Ele nunca fez nenhum pedido especial. Mantemos o melhor jogador do mundo no campeonato francês e é bom lembrar o quanto isso é positivo. Construímos algo muito forte com Mbappé e com a sua família. Nunca anunciámos o valor do contrato e nunca o faremos. O dinheiro pelo Kylian não é a coisa mais importante, o projeto desportivo vem em primeiro lugar. Porquê tanto investimento? Porque é o melhor jogador do mundo. Mas se calhar em Espanha até pagavam mais…”, afirmou o qatari.

Mais à frente, Al-Khelaïfi acabou por responder diretamente a Javier Tebas, presidente da liga espanhola, que disse que o líder do PSG é tão “perigoso” quanto o projeto da Superliga Europeia. “Acho que ele tem receio de que a liga francesa se torne melhor do que a liga espanhola. A liga espanhola já não é o que era há três anos. Respeitamos as pessoas, é importante. Mantemo-nos focados na liga e no nosso melhor jogador do mundo”, terminou.

Oficial: Mbappé renova com PSG e já terá comunicado a decisão a Florentino Pérez