O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu, esta quinta-feira, que a Ucrânia “será para sempre um Estado independente” e ninguém “irá quebrar” a integridade territorial do país. “A única questão é o preço que o povo [ucraniano] terá de pagar pela sua liberdade — e por esta guerra sem sentido contra nós.”

No seu discurso diário, o chefe de Estado ucraniano afirmou que a atual fase da guerra poderia ter sido travada “se o mundo tivesse tratado a situação da Ucrânia como ela merece”. “Se o mundo não estivesse a jogar com a Rússia, mas realmente a fazer pressão para terminar com a guerra“, disse, exemplificando com o “número de semanas” passadas com a União Europeia (UE) “a tentar chegar a acordo para um sexto pacote de sanções contra a Rússia”.

“Claro que estou grato aos nossos amigos por estarem a discutir as novas sanções”, ressalva Volodymyr Zelensky, mandando depois uma farpa ao facto de alguns países da UE — como a Hungria — terem “bloqueado o sexto pacote de sanções”. “Por é que ainda é-lhes permitido ter tanto poder, incluindo nestes procedimentos?”, questionou.

Recorrendo a outro exemplo, o Presidente da Ucrânia lembrou igualmente o “número de semanas que o mundo” demorou até “bloquear o sistema bancário russo”. “Todos os bancos tiveram a oportunidade de financiar não só a guerra contra nós, mas também as políticas que criam divisões e crimes em todo o mundo”, explicou o chefe de Estado.

O envio de armas é outro dos temas referidos por Volodymyr Zelensky no seu discurso diário, principalmente no que diz respeito ao tempo que a Ucrânia teve de esperar para que lhe fosse enviado armamento capaz de combater a ofensiva russa.

Além disso, o Presidente da Ucrânia assinalou que a “ofensiva dos ocupantes” no Donbass podem tornar a região “inabitada”. “Eles querem queimar Popasna, Bakhmut, Lyman, Lysychansk e Severodonetsk”, convertendo estas localidades em “cinzas” — tal como fizeram em Mariupol.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR