O governo do Paquistão pediu aos seus cidadãos que consumam menos chá para reduzir os gastos económicos do país. As reservas económicas do país atingiram mínimos capazes de pagar cerca de dois meses de importações, pelo que o ministro do Planeamento e Desenvolvimento do Paquistão, Ahsan Iqbal, apelou à nação para que “reduza o consumo de chá em um ou dois copos” uma vez que a importação deste produto é já feita por empréstimos.

As reservas do Paquistão, que se encontravam nos 16 mil milhões de dólares (15, 4 mil milhões de euros) em fevereiro, caíram para os 10 mil milhões, cerca de 9,6 mil milhões de euros, na primeira semana de junho. Segundo a CNN, o país tem enfrentado, nos últimos meses, um crescimento exponencial no preço dos bens alimentares, do gás e do petróleo.

De acordo com a BBC, o Paquistão é o país que mais chá importa no mundo. No ano passado, foram importados mais de 600 milhões de dólares em chá — cerca de 577 milhões de euros. Para contrariar a crise económica vivida no país, as lojas no Paquistão poderão também vir a encerrar às 20h30. O objetivo é poupar eletricidade.

Além do apelo à redução no consumo de chá e ao possível limite de horários para lojistas, foram igualmente proibidas as importações de dezenas de bens de luxo como parte deste conjunto de medidas para proteger os fundos paquistaneses.

Na semana passada, o governo anunciou uma proposta de orçamento na tentativa de convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a auxiliar a nação. O acordo com o FMI que sido negociado em 2019, para travar uma crise económica gerada por fraco investimento estrangeiro e anos de estagnação, foi suspenso após alguma análise à situação financeira do Paquistão.

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