Homens armados mataram no sábado pelo menos 20 civis em diversas localidades perto da cidade de Gao, no norte do Mali, uma zona assinalada por frequentes atos de violência, indicaram hoje responsáveis policiais e uma autoridade local.

“Terroristas criminosos assassinaram no sábado pelo menos 20 civis em diversas localidades da comuna de Anchawadj”, a algumas dezenas de quilómetros de Gao, assegurou por telefone à agência noticiosa AFP um responsável policial da região sob anonimato.

Um outro responsável policial em Bamako, que também solicitou anonimato, confirmou à AFP “o assassinato no sábado de cerca de 20 civis em Ebak, 35 quilómetros a norte de Gao, e em localidades vizinhas”, ao referir-se a “um ato perpetrado por criminosos armados”.

“Os ‘jihadistas’ assassinaram no sábado 24 civis na comuna de Anchawadj, o pânico é geral”, assinalou por sua vez à AFP uma autoridade local.

Nenhuma outra fonte confirmou serem os ‘jihadistas’ os responsáveis pelo ataque.

A região de Gao tem sido palco de violências desde o início do conflito em 2012, quando grupos armados se rebelaram contra o Governo de Bamako. Em 2015 assinaram um acordo de paz com o Mali, que ainda não foi aplicado na totalidade.

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Outros grupos armados, integrados por ex-rebeldes, grupos ‘jihadistas’ — filiados na Al Qaida e na organização Estado Islâmico — também atuam na zona contra as forças leais ao Governo, e pelo controlo de territórios e influência.

Traficantes e outros grupos ilegais também estão presentes nesta região desértica, onde o Estado é praticamente inexistente.

No seu último relatório, o secretário-geral da ONU, António Guterres, referiu-se a uma situação securitária “fortemente deteriorada” na região de Gao e ainda em Ménaka, mais a leste junto à fronteira com o Níger.