O apoio de 60 euros criado para ajudar as famílias mais vulneráveis a fazer face ao aumento dos preços dos bens alimentares será prolongado para o próximo trimestre. A ajuda vai chegar a um milhão de famílias que beneficiam da tarifa social de eletricidade ou de prestações sociais mínimas.
A reedição da medida será aprovada em Conselho de Ministros esta quinta-feira e vigorará para três meses, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, no primeiro debate de política geral do Governo nesta legislatura, esta quarta-feira.
Apoio de 60 euros é pago esta sexta-feira a mais de 280 mil famílias
Costa foi questionado pelo líder do Chega, André Ventura, sobre que medidas tem o Governo para fazer face à inflação. “Amanhã, o Conselho de Ministros aprovará que a medida extraordinária de apoio ao cabaz alimentar vigorará por mais três meses, ou seja, com mais 60 euros a serem pagos a famílias que beneficiam da tarifa social de eletricidade e a todos os beneficiários das prestações mínimas”, respondeu o primeiro-ministro, acrescentando depois que a medida voltará a abranger cerca de um milhão de famílias.
O apoio — pago de uma só vez, no valor de 60 euros — começou a ser pago em abril para as famílias beneficiárias da tarifa social de eletricidade, cerca de 762 mil. Mas estavam excluídas famílias sem contratos de eletricidade em seu nome, pelo que o Governo optou por alargar o apoio aos beneficiários de prestações sociais mínimas que não estão abrangidos pela tarifa social.
Esse alargamento chegou a mais de 280 mil famílias e inclui prestações como o complemento solidário para idosos (CSI), o rendimento social de inserção (RSI), a pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez, a pensão social de velhice, o subsídio social de desemprego ou o complemento da prestação social para a inclusão, entre outros. Portanto, serão cerca de um milhão as famílias que vão voltar a receber a ajuda de 60 euros.