A Madeira está a desenvolver drones “inovadores” que proporcionarão mais segurança à atividade militar para responder a necessidades operacionais detetadas, anunciou esta quarta-feira o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, estimando que os equipamentos comecem a ser comercializados em 2024.

Os drones estão a ser desenvolvidos por engenheiros da ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, em parceria com as Forças Armadas e com o Governo da Madeira.

Em declarações aos jornalistas após a apresentação do projeto, designado “Drones Atlântica”, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Silva Ribeiro, sublinhou que estes drones “têm a virtude de responder a necessidades operacionais” constatadas no terreno.

O almirante salientou que os equipamentos têm como objetivos principais “obter informações sobre o campo de batalha”, proporcionado mais segurança aos militares, assim como alcançar os “propósitos operacionais que foram definidos”.

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Silva Ribeiro indicou também que os drones estão a ser produzidos na ARDITI, sendo que depois “proceder-se-á a um processo de industrialização de transferência desta tecnologia para entidades que o Governo Regional está a identificar e os drones entrarão num processo normal de produção industrial e de comercialização” porque “não têm só finalidades militares”.

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas adiantou ainda que os drones vão começar a ser testados no Comando Operacional da Madeira “brevemente”, bem como no destacamento de ações especiais dos fuzileiros, nas forças especiais do exército em Lamego e no Centro de Informações e Segurança Militar.

“Depois destes testes iniciais, ainda em ambiente controlado, eles serão testados em ambiente operacional e mais exigente. Também pensamos fazer um período de teste cruzado com os nossos parceiros espanhóis, em Salamanca”, adiantou.

O almirante revelou, por outro lado, que a partir do próximo ano a costa madeirense passará a ser vigiada por outros drones já existentes, cuja base poderá ser na ilha do Porto Santo.

Na apresentação do projeto “Drones Atlântica” estiveram presentes a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, o representante da República para a Região Autónoma, Ireneu Barreto, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, e o presidente do executivo insular, Miguel Albuquerque.

A ministra da Defesa Nacional, que iniciou na terça-feira uma visita oficial de dois dias à região, destacou a importância da “inovação tecnológica” na proteção dos espaços marítimos, assim como a necessidade de reforço de meios.

“Há de facto a vontade de reforçamos aqui o nosso esforço da Defesa no apoio a estas missões importantíssimas que desenvolvermos nas regiões autónomas e na Região Autónoma da Madeira”, afirmou.