O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) informou esta quarta-feira que vai reunir quinta-feira com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, numa audiência para discutir a recusa da TAP em permitir um plenário nas instalações da empresa.

“O SPAC viu esta quarta-feira recusada pela TAP o exercício do seu direito de reunião com os trabalhadores nas instalações da empresa, com base no alegado risco de não serem assegurados serviços essenciais e urgentes pelos Pilotos, se a reunião tivesse lugar”, afirmou, em comunicado.

Adiantou que no contexto da audiência com o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, a realizar quinta-feira, “o SPAC não deixará de sinalizar mais esta violação da lei, por parte da administração da TAP”.

O sindicato sublinhou que cumpriu todos os preceitos legais e necessários para a realização da reunião de trabalhadores nas instalações da TAP, negando os números avançados pela transportadora, relativamente a eventuais prejuízos resultantes da pausa na operação.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A TAP optou por negar os direitos mais básicos dos seus trabalhadores, seguindo uma linha de atropelos às condições de trabalho e ao exercício de direitos garantidos por Lei”, vincou.

Este domingo, a TAP anunciou que vai reduzir em 10% o corte que os pilotos sofreram nos vencimentos e aumentar o patamar a partir do qual aplicará reduções nos salários dos restantes trabalhadores.

Na segunda-feira, o SPAC acusou a TAP de “manipulação e propaganda” e garantiu que iria acionar “todos os mecanismos legais” para contestar o que dizem estar a ser “incumprido”.

Christine Ourmières-Widener, presidente da Comissão executiva da TAP disse esta terça-feira em conferência de imprensa que a administração quer “manter uma boa relação com os sindicatos”, acrescentando que espera que haja “respeito dos dois lados”.

Questionada sobre uma eventual greve na TAP, Ourmières-Widener disse que a discussão com os sindicatos vai continuar e que “a administração está a fazer tudo para salvar a companhia” e que quer fazê-lo “com todos os trabalhadores”.