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Enquanto não há futuro, importa o presente: Miguel Oliveira é 9.º no GP dos Países Baixos e carimba quarto top 10 consecutivo

Este artigo tem mais de 2 anos

Piloto português alcançou segunda melhor qualificação da época em Assen e ficou em 9.º no GP dos Países Baixos, carimbando quarto top 10 consecutivo. Bagnaia venceu, Espargaró foi o homem da corrida.

MotoGP of Netherlands - Qualifying
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O piloto português arrancou mal mas conseguiu manter-se sempre integrado no top 10

DeFodi Images via Getty Images

O piloto português arrancou mal mas conseguiu manter-se sempre integrado no top 10

DeFodi Images via Getty Images

As últimas semanas de Miguel Oliveira, mesmo com corridas pelo meio, têm gravitado à volta de um único tema: o futuro. O piloto português já foi dado como praticamente certo na Ducati e na Aprilia, já reabriu a porta à KTM e à Tech3 e continua sem dar certezas sobre a equipa que vai representar na próxima temporada. Entretanto, já teve tempo para dizer o que todos já pensaram.

“Na minha opinião, os contratos deviam ser feitos no final da época e não antes de metade da época [acabada]. É ridículo pensar que, em maio, estamos a decidir os dois próximos anos. Para mim é como se faz no futebol, em que existe aquela janela de transferências, onde é possível negociar e fazer contratos… Essa janela de transferências poderia existir no MotoGP. No final da época fazia mais sentido. Todas as pessoas tinham as ideias mais claras. Nesta altura, estamos numa era em que se fala muito, naturalmente. Fazer… Não muito. Há que falar menos e trabalhar mais. Se nos concentrássemos todos no presente e em fazer o melhor que podemos, tínhamos todos mais a ganhar”, disse Miguel Oliveira à SportTV na antecâmara do Grande Prémio dos Países Baixos.

O Falcão voltou a abrir asas: Miguel Oliveira consegue segunda melhor qualificação do ano com oitavo lugar para o GP dos Países Baixos

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Em Assen, o piloto português passou à Q2 pela primeira vez desde finais de abril, quando saiu de 11.º no Grande Prémio de Portugal, e carimbou um oitavo lugar na grelha de partida que lhe valeu a segunda melhor qualificação do ano (depois do sétimo na Indonésia, onde ganhou). Pecco Bagnaia conseguiu a quarta pole-position nas últimas seis corridas, partindo à frente de Fabio Quartararo e Jorge Martín.

“A mota funcionou bastante bem. Tivemos um bom ritmo e velocidade com o pneu traseiro duro. Senti que tínhamos muito potencial para a Q1 e pudemos passar à Q2. Só já tinha um pneu novo, pelo que o poupei para a última tentativa, mas fui vítima das bandeiras amarelas. De qualquer forma, deu para o oitavo lugar. Acredito que posso estar numa boa posição e atacar do princípio ao fim”, disse Miguel Oliveira logo depois da qualificação e na antevisão do Grande Prémio.

Já este domingo, no circuito neerlandês, o piloto da KTM não arrancou bem e perdeu desde logo dois lugares, caindo para a 10.ª posição nas primeiras curvas. Bagnaia segurou a liderança, Quartararo caiu para terceiro e Aleix Espargaró saltou para o segundo lugar, deixando o francês e também Jorge Martín e Marco Bezzecchi para trás. Na quinta volta, porém, quase tudo mudou: enquanto ambos lutavam pela segunda posição, Quartararo perdeu a frente da mota e empurrou Espargaró para a gravilha, com o líder do Mundial a abandonar algumas voltas depois na sequência de mais uma queda feia e o espanhol a ir parar à cauda do pelotão. Miguel Oliveira, por sua vez, aproveitou para regressar ao oitavo lugar, enquanto que Bezzecchi e Martín entraram no pódio.

A 10 voltas do fim, quando o piloto português já tinha subido a sétimo e Espargaró era o homem da corrida devido à escalada que ia protagonizando pela classificação, a chuva que tinha surgido na qualificação reapareceu. Oliveira foi mais uma das vítimas do espanhol, caindo para oitavo e depois para nono ao permitir também a ultrapassagem de Joan Mir. Até ao fim, já pouco mudou: o piloto natural de Almada ficou mesmo em 9.º, carimbando o quarto top 10 consecutivo, enquanto que Pecco Bagnaia já não deixou fugir a vitória no Grande Prémio dos Países Baixos, com Marco Bezzecchi a estrear-se nos pódios e Maverick Viñales a terminar em terceiro.

Para a história, porém, fica a corrida extraordinária de Aleix Espargaró, que foi parar ao 15.º lugar depois da colisão com Quartararo, demonstrou um ritmo impressionante para cavalgar ao longo da classificação e protagonizou uma dupla ultrapassagem a Jack Miller e Brad Binder na última volta, terminando num incrível quarto lugar.

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