Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou esta terça-feira uma uma operação de investigação criminal nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Braga e Faro por suspeitas de crimes de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção ativa para ato ilícito e falsificação de documentos.

Em causa está uma investigação ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que culminou em  50 buscas e 34 detidos sob suspeita de inspeções fraudulentas a veículos.

“Em concreto”, diz a nota da PSP,”foram recolhidos indícios que alguns suspeitos, administradores de facto ou de direito de diversas empresas gestoras de CITVs, implementaram em centros um esquema fraudulento que permitia a aprovação de veículos sem proceder à anotação de deficiências que os veículos apresentavam e ou sem adotar procedimentos de inspeção legalmente obrigatórios, recebendo indevidamente vantagens patrimoniais e não patrimoniais, entregues pelos clientes dos CITVs.”

Estão ainda “sob investigação outras pessoas que poderão ter facilitado a concretização de alguns negócios e ou favoreceram essas empresas, nomeadamente junto de entidades públicas”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A operação denominada Hydra foi feita no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e em investigação no Departamento de Investigação Criminal da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública.

Na verdade, resulta da investigação “desenvolvida em três inquéritos distintos, iniciados em 2017, 2019 e 2020”, primeiro pela Esquadra de Investigação Criminal de Loures e, “posteriormente, pela Brigada Central de Investigação de Criminalidade Económica e Financeira do Departamento de Investigação Criminal da Direção Nacional da PSP”.

Teve desde o começo “a colaboração do IMT, concretamente da Direção de Serviços de Fiscalização”, acrescenta a PSP.

Os arguidos vão ser sujeitos ao primeiro interrogatório judicial onde conhecerão as medidas de coação.