Boris Johnson afirmou que a Rússia não teria invadido o território ucraniano se Vladimir Putin fosse mulher, sugerindo que o género do líder russo teve influência na forma como este decidiu o rumo do conflito.
Em entrevista à rádio alemã ZDF, após a reunião dos G7 no hotel Schloss Elmau, na região dos Alpes da Baviera, na terça-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido disse não acreditar que o líder russo “teria embarcado nesta guerra louca” se “fosse uma mulher”.
Na opinião de Johnson, “o que se passa na Ucrânia” é “um perfeito exemplo de masculinidade tóxica”, citou o The Guardian.
A situação ucraniana foi um dos pontos da agenda do encontro desta terça-feira dos G7, durante a qual foi alcançada o compromisso de aplicar 4.700 milhões de euros em medidas para fazer face à “insegurança alimentar” provocada pela guerra. Mais de metade do fundo é proveniente dos Estados Unidos da América, foi anunciado.
O conflito na Ucrânia é o ponto central da cimeira da NATO, que se realiza esta quarta-feira em Madrid, Espanha, também com a participação do primeiro-ministro britânico. De acordo com o divulgado, Johnson irá incentivar os membros da Aliança Atlântica a investigarem na modernização das suas defesas, alertando que a próxima década será mais perigosa e competitiva do que anterior.
Moscovo responde a Johnson: “O velho Freud terá sonhado a vida toda com tal objeto de estudo”
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às declarações de Boris Johnson, afirmando, em tom irónico, que “o velho Freud terá sonhado a vida toda com tal objeto de estudo”.