O discurso de Volodymyr Zelensky desta segunda-feira ficou marcado pela correção do tema central da cimeira em Lugano. Isto porque, para o líder da Ucrânia, os líderes políticos deveriam debater não a ajuda prestada ao país do leste da Europa no fim do conflito, mas sim o auxílio, atualmente, à reconstrução da Ucrânia.

As forças ucranianas libertaram mais de mil localidades dos ocupantes, e novas [localidades] são libertas todas as semanas”, disse esta segunda-feira Volodymyr Zelensky. “Todas elas sofreram uma destruição de larga, e isto também significa uma necessidade colossal de fundos para a restauração das infraestruturas, para o retorno da saúde e dos serviços sociais, para a restauração da vida económica normal.”

O Presidente da Ucrânia explicou ainda que o país precisa de “preparar as escolas e universidade para o novo ano académico em todo o território livre do país“. O próximo inverno foi ainda outra preocupação levantada pelo líder a nível energético, lê-se no site da Presidência.

Volodymyr Zelensky salientou ainda que a reconstrução da Ucrânia deve ir além do que o país era outrora, dando como exemplo o problema com os desperdícios de lixo no país. “A reconstrução do nosso Estado não é apenas sobre a restauração das paredes que tínhamos e que foram destruídas pelos bombardeamentos“.

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A Ucrânia deve tornar-se no país mais livre, moderno e seguro da Europa, em todos os sentidos da palavra, em particular em relação ao nosso ambiente”, esclareceu.

Zelensky aproveitou ainda a data para relembrar, em homenagem à celebração do 4 de julho nos Estados Unidos da América, uma parte da Declaração da Independência norte-americana, que citou:

Consideramos estas verdades como auto-evidentes: que todos os Homens são criados iguais, que são dotados pelo seu Criador de certos direitos inalienáveis, e que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca pela felicidade – que para garantir estes direitos, os governos são instituídos entre os Homens, obtendo os seus poderes de forma justa através do consentimento dos governados“, declarou.

Já em relação à linha da frente na guerra com as tropas russas, o líder ucraniano disse que as forças de Moscovo continuam a aterrorizar a fronteira da região de Sumy, a cidade Kharkiv e a região do Donbass.