O sucessor de Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido será conhecido a 5 de setembro, quando for anunciado o vencedor da eleição para a liderança do Partido Conservador, anunciou o deputado Graham Brady.
O presidente do Comité 1922, o conselho dos deputados do Partido Conservador que organiza as eleições para a liderança, afirmou aos jornalistas estar “determinado em garantir” a conclusão do processo “da forma mais calma, limpa e rápida possível”.
Boris Johnson demitiu-se da liderança dos “tories” na semana passada na sequência da saída de mais de 50 membros do governo, que responsabilizaram o primeiro-ministro por uma série de escândalos.
Segundo Brady, termina na terça-feira o prazo de inscrição dos candidatos, que para entrar na corrida terão de garantir o apoio de 20 deputados, limiar que aumentou dos oito requeridos em 2019.
O objetivo é reduzir o número de candidatos, que têm assim de garantir uma base de apoio mais ampla entre os cerca de 350 membros do grupo parlamentar Conservador.
A partir de quarta-feira, os candidatos serão submetidos a uma série de votações reservadas ao grupo parlamentar, até restarem apenas dois finalistas, cujo vencedor será escolhido por voto postal pelos cerca de 200.000 militantes de base do partido.
Para passarem para a volta seguinte desta primeira fase, na quinta-feira, precisam de pelo menos 30 votos, devendo uma terceira ronda ter lugar na segunda-feira 18 de julho.
Após serem identificados os dois finalistas, espera-se que participem em comícios em diferentes partes do país a partir do fim de julho e durante o mês de agosto.
O vencedor será anunciado em 5 de setembro, quando o parlamento regressa das férias de verão.
“Espero que tenhamos uma eleição construtiva. É uma boa oportunidade para termos um debate saudável e construtivo sobre a futura direção do Partido Conservador”, vincou Brady.
Até agora já se candidataram à liderança 11 deputados, incluindo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, ou o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, que agora têm de garantir os apoios necessários para formalizar a candidatura.