O presidente da Câmara de Alvaiázere, no distrito de Leiria, disse esta quarta-feira que está cansado de pedir meios para o combate aos incêndios e de ficar sem resposta, e lamentou que o concelho esteja a ser abandonado.

“Sentimo-nos abandonados. Estamos cansados de pedir meios sem resposta”, declarou à agência Lusa João Guerreiro.

Segundo o autarca, que falava à Lusa pelas 16h00, o concelho está “há quase uma semana a apagar fogos e, neste momento, não são disponibilizados mais meios, nem humanos, nem aéreos, que são essenciais”.

No sábado, ativei o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil e pedimos uma equipa do Exército para a logística da alimentação e não nos foi disponibilizada”, exemplificou.

O presidente do Município de Alvaiázere adiantou àquela hora que “há um reacendimento significativo no fogo em Almoster, do incêndio que está a lavrar em Pombal e Ansião”.

“Habitações já estiveram em perigo neste lado sul do incêndio, sendo que só estão os nossos bombeiros e populares”, acrescentou João Guerreiro.

Este incêndio de Alvaiázere começou na quinta-feira à tarde na União de Freguesias da Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais, no concelho de Ourém, e alastrou, também, a Ferreira do Zêzere (ambos no distrito de Santarém).

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Incêndios. Várias casas arderam e diversas localidades foram evacuadas em Alvaiázere

Na segunda-feira, pelas 08h00, este incêndio foi declarado em resolução e reacendeu no dia seguinte, tornando a ser considerado de novo em resolução.

Na terça-feira, o presidente da Câmara de Alvaiázere já tinha lamentado não serem disponibilizados mais meios de combate ao incêndio, no qual “algumas habitações arderam e diversas localidades foram evacuadas”.