O Ministério Público quer que o jovem de 18 anos que foi detido depois de planear um ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa seja julgado pela prática de dois crimes de terrorismo — um na forma tentada — e pela prática de um crime de detenção de arma proibida.

De acordo com a nota publicada esta segunda-feira no site da Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público entende que o aluno daquela instituição “delineou e decidiu executar um plano que visava praticar um ataque na Universidade de Lisboa, em concreto da Faculdade de Ciências, com o objetivo de matar indiscriminadamente várias pessoas”. Este ataque terá sido preparado “desde setembro de 2021”, acrescenta a mesma nota.

Jovem que preparava ataque à FCUL pode ser condenado por terrorismo?

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Além de delinear o plano, entende o Ministério Público, o jovem “tinha ainda a intenção de provocar incêndio e explosões nas instalações daquela faculdade”, com recurso a facas e engenhos explosivos que terá construído entre janeiro e fevereiro deste ano.

O ataque estaria marcado para o dia 11 de fevereiro, mas o plano foi denunciado às autoridades internacionais alguns dias antes por “uma pessoas não identificada”. O FBI transmitiu “a informação à Polícia Judiciária, permitindo assim a realização e diligências que conduziram à detenção do arguido em flagrante delito”.

O jovem ficou em prisão preventiva logo em fevereiro, mas as medidas de coação foram alteradas em maio. Nesta altura, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu internar preventivamente o arguido no Hospital Prisional de Caxias.