O fim de semana do Grande Prémio da Hungria em Fórmula 1, em plena cidade de Budapeste, arrancou com um protagonista inesperado: Sebastian Vettel. O piloto alemão, quatro vezes campeão do mundo, ídolo na Red Bull, antigo piloto da Ferrari e atualmente na Aston Martin, anunciou que vai terminar a carreira no final da temporada e abriu a porta a uma onda de emocionadas homenagens e despedidas.

“Estou aqui para anunciar a minha retirada da Fórmula 1 no final da temporada de 2022. Provavelmente deveria começar por uma longa lista de agradecimentos mas sinto que agora é mais importante explicar as razões da minha decisão. Amo este desporto. Tem sido uma parte central da minha vida desde que me lembro de mim. Mas por muito que exista vida nas pistas, também há uma vida fora das pistas. Ser um piloto nunca foi a minha única identidade. Acredito muito na identidade por aquilo que somos ou pela forma como tratamos os outros e não pelo que fazemos”, disse Vettel num vídeo a preto e branco publicado nas redes sociais.

Quatro Mundiais, 53 vitórias, 122 pódios, um adeus comovido: Vettel vai retirar-se da Fórmula 1 no final do ano

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Era assim, no meio de um fim de semana obviamente marcante para Sebastian Vettel em particular e para a Fórmula 1 no geral, que decorria a qualificação para o Grande Prémio da Hungria. A Ferrari dominou as duas primeiras sessões de treinos livres, com Charles Leclerc a ser o mais rápido à frente de Lando Norris, Carlos Sainz e Lewis Hamilton, mas os terceiros treinos livres deste sábado trouxeram uma surpresa: Nicholas Latifi, da Williams, fez o melhor tempo. Numa derradeira sessão marcada pela chuva intensa, Vettel acabou por potenciar uma bandeira vermelha ao ir parar às barreiras.

Com uma previsão da manutenção da chuva intensa a pairar, o adiamento da qualificação para a manhã deste domingo chegou a estar em cima da mesa — ainda assim, as condições atmosféricas acabaram por não se extremar, permitindo que a grelha de partida ficasse definida ainda na véspera da corrida. E aí, a ordem natural dos acontecimentos voltou a repor-se: Latifi, que tinha sido o mais rápido do terceiro treino livre, fez o pior tempo, ficando eliminado logo na Q1 e a par de Tsunoda, Albon, Vettel e Gasly. Lá à frente, lideravam os Mercedes, com Hamilton à frente de Russell.

Na Q2, Schumacher, Stroll, Magnussen, Zhou e Pérez caíram, com Verstappen a ficar com o melhor tempo à frente de Leclerc e Alonso a ser a grande surpresa, alavancando-se num ótimo segundo setor que lhe garantiu a terceira posição. Por fim, na decisiva Q3 e já sem um dos Red Bull, George Russell acabou por conquistar a primeira pole-position da carreira de forma extraordinária, na última volta e numa fase em que a Ferrari já quase celebrava a vitória de Carlos Sainz.

O espanhol vai sair da segunda posição, seguido de Leclerc e Norris, com Lewis Hamilton a não ter conseguido melhor do que o sétimo lugar e Verstappen a ter caído para 10.º, muito afetado por problemas mecânicos na reta final da sessão. Assim, na Hungria, a Mercedes conseguiu carimbar não só um momento histórico para Russell como também a primeira pole-position da temporada que não tombou para a Ferrari ou a Red Bull.