A vacinação de reforço contra a Covid-19 “continua a prevenir substancialmente consequências mais graves da doença para ambas as linhagens” da variante Omicron (dominante em Portugal e noutros países da Europa), a BA.5 e a BA.2. As conclusões são de um estudo epidemiológico sobre a eficácia da vacina contra a Covid-19, feito pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e pela Direção Geral da Saúde (DGS).

A investigação, feita “em colaboração com a Administração Central do Sistema de Saúde, o Algarve Biomedical Center e a Unilabs”, teve como amostra a população infetada este ano, no período entre 25 de abril e 10 de junho.

Se “o risco de infeção pela linhagem BA.5 pessoas vacinadas é semelhante ao risco de infeção pela linhagem BA.2, uma tendência verificada tanto em indivíduos com o esquema vacinal completo como em indivíduos com a dose de reforço”, é na redução do risco de desenvolvimento de doença grave que a vacina de reforço é especialmente eficiente.

Os investigadores concluíram que a vacinação de reforço continua a reduzir de forma substancial o risco de hospitalização e de morte”.

Mesmo no caso da linhagem BA.5, em que há “uma redução da proteção dada pela dose de reforço comparativamente à imunização conferida para a BA.2”, o risco de hospitalização diminui 77% em pessoas que receberam a dose de reforço da vacina e o risco de morte diminui 88% devido a essa dose extra.

“O trabalho dos especialistas do INSA e da DGS contribui, assim, para robustecer a evidência científica sobre a efetividade das vacinas para a linhagem BA.5 da variante Omicron, atualmente dominante em Portugal e noutros países da Europa, bem como para evidenciar a importância da vacinação de reforço para uma maior proteção contra a COVID-19”, lê-se também nas conclusões apresentadas pelas duas entidades.

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