Em julho, a inflação em Portugal situou-se mesmo nos 9,1%. O número avançado na estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) no final de julho foi confirmado esta quarta-feira. A taxa é 0,4 pontos percentuais superior à registada no mês anterior e, ressalva o INE, é a mais elevada desde novembro de 1992.
Inflação acelera para 9,1% em julho, o valor mais alto desde novembro de 1992
O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, também acelerou, registando uma variação de 6,2%.
A energia continuou a puxar pelo aumento dos preços. Segundo o INE, o índice relativo aos produtos energéticos registou uma variação de 31,2%. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 13,2%, acelerando face aos 11,9% em junho.
O INE destaca o aumentos das taxas de variação homóloga da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis em 16,6% e dos Bens alimentares e bebidas não alcoólicas em 13,9%. Já os Transportes e o Lazer, bem como a categoria de recreação e cultura, comportaram-se em sentido contrário, com a taxa de variação homóloga a abrandar face ao mês anterior, de 14,3% para 12,8% e de 5,5% para 4,3%, respetivamente.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que serve de referência para a comparação com os restantes países europeus, apresentou uma variação homóloga de 9,4%, naquele que é o novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996, destaca o INE.