Se for chamado, o antigo vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, irá considerar testemunhar na comissão parlamentar da Câmara dos Representantes que se encontra a investigar o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021, noticia a agência Reuters. Mike Pence, que falava num evento político em New Hampshire esta quarta-feira, disse que dará a “devida consideração” a qualquer convite que receba para testemunhar.

Se qualquer convite fosse feito diretamente a mim, teria de refletir sobre o meu papel único que desempenhei enquanto vice-presidente”, afirmou.

Um dos principais assessores de Pence, Marc Short, já testemunhou perante a comissão da Câmara dos Representantes, mas o convite não foi alargado ao antigo vice-presidente dos Estados Unidos, quando Donald Trump era o presidente. De acordo com a Reuters, alguns assessores de Pence disseram à comissão, em junho, que Trump pressionou o então vice-presidente a reverter a sua derrota nas eleições presidenciais de 2020. Pence considerou que Trump estava errado em acreditar que enquanto vice-presidente tinha o poder de reverter o resultado das eleições.

Apesar da se mostrar disponível, Mike Pence apontou que “um vice-presidente ser convocado para testemunhar seria algo sem precedentes na história”. No entanto, não é bem assim. O site do Senado dos EUA revela que Schuyler Colfax compareceu voluntariamente diante de uma comissão em janeiro de 1873, enquanto vice-presidente de Ulysses S. Grant de 1869 a 1873. Mais: pelo menos seis presidentes e ex-presidentes já testemunharam perante uma comissão, indica ainda a Reuters.

O ataque mortal ao Capitólio ocorreu depois de alegações infundadas por parte de Donald Trump acerca de fraude eleitoral e de ter feito um apelo a uma multidão de apoiantes para que impedissem a certificação da vitória eleitoral de Biden. Atualmente, a comissão de investigação tem apresentado argumentos para mostrar que as tentativas de Trump de evitar a sua derrota motivaram o ataque.

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