Uma vitória da Jumbo que teve Robert Gesink a passar em primeiro para ficar com a camisola vermelha, um triunfo do renascido Sam Bennett a deixar a Bora em festa no dia em que Mike Teunissen recebeu do seu companheiro (e compatriota) a liderança da Vuelta. As duas primeiras etapas da última grande volta do ano, realizadas em solo neerlandês com milhares de pessoas nas ruas a criarem um grande ambiente, lá tiveram os seus pontos de interesse, com uma chegada mais atribulada a Utrecht com uma queda de dois corredores na parte final a criar alguma confusão nos lugares da geral – durante algum tempo João Almeida e Ivo Oliveira tinham subido algumas posições mas afinal continuaram no mesmo lugar.

A vermelha mudou na Jumbo entre o regresso aos triunfos de Bennett, João Almeida mantém o 30.º lugar da Vuelta

Este domingo era dia de despedida dos Países Baixos, com partida e chegada a Breda numa etapa muito longa com mais de 190 quilómetros (193,2km) antes do dia de descanso para que toda a caravana assente arraiais em Espanha para uma primeira semana que começará a ter muita montanha pelo meio entre Pico Jano, Colláu Fancuaya e Les Praeres. Por isso, não se esperavam grandes movimentações a nível de geral, sendo que nem todos conseguiram evitar o grande problema nestas etapas: as quedas.

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A Jumbo ganhou e o primeiro líder saiu à casa: João Almeida perde 33 segundos para Gesink (e Roglic) a abrir a Vuelta

O dia começou com uma simbólica homenagem na Grote Kerk de Breda (Igreja da Nossa Senhora), com os quatro líderes da Vuelta (Mike Teunissen na geral, Sam Bennett nos pontos, Julius van der Berg na montanha e Ethan Hayter na juventude) a acenderem uma vela em nome de todas as vítimas da Covid-19. Depois, logo no início, houve uma fuga de sete corredores que perdurou quase até ao final: Son José Herrada (Cofidis), Julius van den Berg (EF Education), Jan Bakelants (Intermarché-Wanty), Thomas De Gendt (Lotto), Ander Okamika (Burgos), Pau Miquel (Kern Pharma) e Mikel Iturria (Euskaltel-Euskadi).

Depois, enquanto o pelotão rolava a controlar a fuga, foram surgindo algumas quedas: Filippo Conca (Lotto) e Henri Vandenabeele (Team DSM), sem consequências na altura mas com o belga a pedir depois ajuda ao carro de apoio; depois, Michael Woods e Itamar Einhorn, ambos da Israel, sendo que Woods teve mesmo de abandonar a corrida. Na frente, Thomas De Gendt ganhava tudo o que era sprint intermédio, sendo a grande referência dos fugitivos que foram apanhados a menos de 20 quilómetros.

Estava tudo preparado para mais uma chegada ao sprint, com a Ineos a apanhar um ligeiro susto antes com Richard Carapaz que teve mesmo de parar devido a um problema na bicicleta e o agora francês Pavel Sivakov também a ter uma aparente queda. Esse pequeno grupo da equipa britânica voltou a seguir a colar no pelotão, que chegou em conjunto com a vitória a sorrir de novo a Sam Bennett, irlandês da Bora, que chegava à Vuelta apenas com um triunfo este ano mas que leva já duas vitórias nesta edição, batendo outra vez o dinamarquês Mads Pedersen e o britânico Daniel McLay. Já a geral individual voltou a ter uma nova mudança entre elementos da Jumbo, agora com o italiano Edoardo Affini na liderança.