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Christie’s leiloa coleção de arte de Paul G. Allen avaliada em mil milhões de dólares

Este artigo tem mais de 2 anos

A casa de leilões vai vender o espólio colecionado por um dos fundadores da Microsoft, que morreu em 2018. Esta poderá ser a maior venda de sempre de uma coleção privada.

Jasper Johns "Small False Start" de 1960, estimada em mais de 50 milhões e "La Montagne Sainte-Victoire" de Paul Cézanne (1888 -90) serão as obras em destaque do acervo de Paul Allen
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Jasper Johns "Small False Start" de 1960, estimada em mais de 50 milhões e "La Montagne Sainte-Victoire" de Paul Cézanne (1888 -90) serão as obras em destaque do acervo de Paul Allen

Jasper Johns, "Figure 8"

Jasper Johns "Small False Start" de 1960, estimada em mais de 50 milhões e "La Montagne Sainte-Victoire" de Paul Cézanne (1888 -90) serão as obras em destaque do acervo de Paul Allen

Jasper Johns, "Figure 8"

A famosa casa de leilões Christie’s anunciou na quinta-feira a venda da coleção de arte de Paul Allen, o cofundador da Microsoft que morreu em 2018. O acervo, que inclui obras-primas de Pierre-Auguste Renoir e Roy Lichtenstein, está avaliada em mais de mil milhões de dólares.

O The New York Times esclarece que a coleção junta mais de 150 obras de arte realizadas ao longo de 500 anos e será licitada durante o mês de novembro, numa data ainda a definir e que será a maior venda de uma coleção privada da história dos leilões. Christie’s garante que todos os lucros serão doados a instituições de caridade, conforme a vontade de Allen.

Numa entrevista por telefone ao jornal americano, o presidente da Christie’s explica que este será um grande evento para o mercado e para o mundo da arte. “O facto deste leilão englobar cinco séculos de grandes obras, de artistas como Boticelli a David Hockney, além de ser fruto da personalidade muito inspiradora de Paul Allen e de todos os resultados serem doados à caridade, fazem com que estejamos muitos emocionados com este projeto extraordinário. É algo muito especial“, revelou Guillaume Cerutii, ao jornal de Nova Iorque.

Apesar das consequências económicas da pandemia, do impacto da guerra na Ucrânia e da alta inflação, os colecionadores mais ricos continuam a promover o crescimento do mercado da arte. Segundo um pesquisa publicada pela Art Basel e UBS, o setor da arte lucrou 65,1 biliões de dólares no ano de 2021.

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Em maio, uma serigrafia de 1964 de Andy Warhol com o rosto de Marilyn Monroe, “Shot Sage Blue Marilyn” foi vendida por 195 milhões de dólares a um comprador anónimo na Christie’s em Nova Iorque, o preço mais alto alguma vez alcançado por uma obra de arte americana em leilão, adianta o The New York Times.

No início deste ano, uma coleção de obras modernas e contemporâneas do magnata imobiliário Harry Macklowe e da sua ex-mulher Linda Macklowe fez a Sotheby’s quebrar o recorde com uma venda privada de arte avaliada em 922 milhões de dólares.

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"Paul entendia o poder e o significado da arte e ficava muito feliz de a poder partilhar essa experiência com os outros", disse a irmã, Jody Allen

Getty Images

Na venda planeada para novembro, em destaque das obras do acervo de Allen estarão à disposição uma colagem feita em acrílico e papel de Jasper Johns “Small False Start” de 1960, estimada em mais de 50 milhões e “La Montagne Sainte-Victoire” de Paul Cézanne (1888 -90), estimado em mais de US$ 100 milhões, de acordo com a mesma fonte acima mencionada.

O chefe das divisões da Christie’s especializado em vendas de obras de arte dos séculos XX e XXI descreve a coleção que será leiloada como “uma visão muito focada em que paisagens e figuras serão predominantes”, desvenda Alex Rutter.

O contributo de Paul G. Allen para a cultura da arte e da música

Paul G. Allen, que fundou a Microsoft Corporation com o seu amigo de infância Bill Gates, desenvolveu o gosto pela arte a partir da pintura de J.M.W Turner. Numa visita à Tate Britan, em Londres, ficou encantado pelas românticas paisagens marítimas mas também pelas obras pop de Lichtenstein.

O empresário perseguiu o seu interesse pelas artes visuais com a mesma paixão que tinha pela música. Em 2000, fundou o Experience Music Project — o atual Museu da Cultura Pop — onde chegou a exibir guitarras do Jimi Hendrix num prédio em Seattle, indica o The New York Times.

Além disso, também emprestou muitas das suas obras de arte a grandes museus e galerias. A exposição “Seeing Nature”, organizada pelo museu de Portland, o museu de Seattle e pela fundação Paul G. Allen Family Collection, incluiu obras de Van Gogh, Edward Hopper e Gustav Klimt.

No ano de 2015, Allen admitiu à Bloomberg que era incrível ter estas obras de arte. “Acho que devo partilhar para dar ao público a oportunidade de ver”, acrescentou. O empresário sempre tratou o ramo da arte como um importante investimento. Allen sempre fez de tudo para fomentar a cultura em Seattle, e especialmente tornar a arte mais acessível. Neste sentido, começou uma feira de arte no estádio de futebol da cidade, do clube Seattle Seahawks, que também era dono. A sua empresa de desenvolvimentos no ambiente, Vulcan, também encomendou e apoiou vários projetos de arte pública local.

A irmã, Jody Allen, que representa o empresário, divulgou num comunicado que Paul “entendia o poder e o significado da arte e ficava muito feliz de a poder partilhar essa experiência com os outros”. “Estou muito satisfeita por teremos esta coleção incomparável nas mãos da casa mundial de leilões Christie’s para apresentar o seu legado de uma forma segura a novos colecionadores em todo o mundo“, finalizou.

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