O Twitter vai ter de fornecer dados sobre as contas falsas na plataforma a Elon Musk, de acordo com a decisão mais recente de Kathaleen McCormick, a juíza que tem em mãos o processo que opõe a rede social ao homem mais rico do mundo.

A juíza do tribunal do Delaware considerou que a rede social tem de dar dados a Elon Musk sobre a forma como calcula a quantidade de “bots” e contas falsas presentes na plataforma. Em julho, quando recuou na intenção de comprar o Twitter, rede social pela qual queria pagar 44 mil milhões de dólares, Musk justificou que a empresa não estava a fornecer todos os dados necessários para a transação, incluindo dados sobre as contas falsas.

Apesar de aceder ao pedido de Musk, a juíza recusou o pedido “absolutamente alargado” dos advogados de Musk, que pediam informação sobre a totalidade da plataforma de utilizadores do Twitter. Assim, o Twitter vai ter passar para as mãos da defesa de Musk uma amostra composta por 9 mil contas – será a partir desta amostra que são estimados os números totais de contas falsas e de spam.

De acordo com a Reuters, o Twitter alegou que esses dados não existiam e que seria moroso recolhê-los. A juíza não aceitou esta justificação e deu um prazo de duas semanas à companhia para fornecer esta informação a Elon Musk.

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Alex Spiro, advogado de Elon Musk, partilhou com a Reuters que “está entusiasmado por poder analisar os dados que o Twitter tem estado a esconder ao longo de vários meses”. Já do Twitter, não houve uma reação pública.

O julgamento que opõe o Twitter a Elon Musk está marcado para 17 de outubro. A rede social quer que Musk cumpra com a palavra e concretize a compra da rede social pelo preço acordado, de 54,2 dólares por ação, totalizando 44 mil milhões de dólares.

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