O ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Carlos Zacarias, reforçou as medidas de controlo de venda e compra de minerais preciosos visando impedir o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

Uma ordem de serviço com o número 06/GM/2022, assinada por Carlos Zacarias, consultada esta sexta-feira pela Lusa, impõe o preenchimento do mapa de controlo da produção e do boletim de compra e venda e conservação do respetivo arquivo, para apresentação às autoridades competentes, sempre que for exigido.

Passa também a ser obrigatório o preenchimento de uma declaração, sob compromisso de honra, referindo que os metais preciosos e gemas objeto de transação não são provenientes de zonas de conflito e que foram adquiridos licitamente.

Após a venda autorizada de pedras preciosas ou gemas, deve ser apresentado o comprovativo da referida transação à Unidade de Gestão do Processo de Kimberley, um mecanismo internacional que promove a transparência no negócio de minerais preciosos.

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O comprovativo, explica a ordem de serviço, destina-se à identificação do comprador final.

O não cumprimento das diretrizes acima indicadas implica a aplicação das sanções previstas na legislação mineira e na lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e demais legislação em vigor”, avisa o ministro dos Recursos Minerais e Energia.

O tema do financiamento ao terrorismo ganhou relevo em Moçambique, com a atividade de grupos armados que têm sido conotados com o extremismo violento na província de Cabo Delgado, norte do país, levando a uma vigilância cada vez mais apertada a setores económicos considerados vulneráveis ao aproveitamento por grupos radicais.