Depois das derrotas com o FC Porto e o Desp. Chaves e as vitórias com o Estoril e o Eintracht Frankfurt, o Sporting precisava de um terceiro triunfo consecutivo para provar que o pior estava ultrapassado e que o futuro é risonho. E a goleada frente ao Portimonense, este sábado, foi muito mais do que isso.

Trincão, o mais recente discípulo da teoria do ketchup (a crónica do Sporting-Portimonense)

Mais do que os três pontos, o Sporting ganhou confiança. Os leões derrotaram um adversário que tem estado a realizar um início de época brilhante e que, antes do apito inicial, tinha mais cinco pontos na Primeira Liga. A equipa de Rúben Amorim ainda não tinha marcado quatro golos esta temporada, garantiu o melhor resultado da época e há nove meses que não completava uma série de três encontros sem sofrer qualquer golo.

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Trincão bisou, estreando-se a marcar pelo Sporting no Campeonato depois de se ter estreado a marcar de forma absoluta pelos leões contra o Eintracht Frankfurt, e foi eleito o Homem do Jogo. “Só tento fazer o meu trabalho, como sempre fiz. Não é agora, por fazer golos, que vai ser diferente. Estou aqui para jogar bem e ajudar a equipa. Consegui nos últimos dois jogos e espero consegui-lo não só com golos mas também jogando bem. Estou feliz, porque o que interessa é a vitória e os três pontos”, disse o avançado português na flash interview.

“As ideias são fáceis de perceber. Temos uma equipa incrível, com grandes jogadores, que me ambientaram muito bem. Acabou por ser tudo muito fácil e estou muito contente. Sabemos que o futebol é o momento. Podemos ganhar um jogo e está tudo bem como a seguir podemos perder e já é o fim do mundo. Mas nós mantemos o controlo emocional, sabendo aquilo que temos de fazer e que é o nosso valor. Jogamos sempre para ganhar e este jogo não foi exceção. É jogo a jogo e cabeça fria”, acrescentou Trincão.

Já Rúben Amorim, também na zona de entrevistas rápidas, mostrou-se satisfeito com a exibição da equipa. “Foi um jogo complicado mas marcar cedo acabou por facilitar. Notou-se cansaço em alguns jogadores, como no Morita, e não tiveram sempre a velocidade que costumam ter. Controlámos o jogo e o Portimonense só teve oportunidades no fim. Criámos muitas ocasiões, devíamos ter feito mais golos e foi uma vitória justa”, defendeu, abordando depois as saídas de Gonçalo Inácio e Luís Neto, ambos com problemas físicos.

“O Inácio foi gestão. Quando ele começa a demorar um bocadinho nas ações já sei que é cansaço. Dividimos também o tempo entre o Ugarte e o Morita e fomos fazendo a gestão, precisávamos muito de vencer o jogo. Até ao 3-0 ou 4-0 nunca esteve controlado a 100%, qualquer bola podia ser golo do Portimonense. O Neto ainda não sabemos, vai fazer exames e depois vamos ver”, acrescentou Amorim.

Mais à frente, o treinador do Sporting falou ainda sobre o calendário apertado, devido à Liga dos Campeões, e sobre Pote, que começou o jogo a ‘8’ e acabou integrado no trio ofensivo. “É uma questão de hábito. O Pote e o Trincão estavam bem, são jogadores com um ritmo diferente e os outros têm de se habituar também. São as dores de crescimento mas temos de estar habituados e vamos ser competitivos em todos os jogos. Pote? É um jogador especial. Entende muito bem o jogo, faz golos, é muito intenso. Quando precisar de jogar a médio, joga. O Alexandropoulos também começa a entrar, ainda algo verde, precisa de andamento. Qualquer problema, entra o Mateus Fernandes. Não é um dilema, temos soluções”, terminou Rúben Amorim.