As cerimónias fúnebres da Rainha foram preparadas ao pormenor, desde o primeiro ao último dia, e há vários anos. Tudo termina na próxima segunda-feira, quando decorre o último adeus a Isabel II, e esta quinta-feira foram revelados os últimos detalhes da cerimónia que decorre no dia 19 de setembro.
Todas as lojas estarão de portas fechadas, o mercado de ações não vai abrir e o dia começa com a última vigília na capela de Westminster, que acontece entre as 6h e as 8h30. Meia hora depois, vai ouvir-se o sino do Big Ben. E o martelo do sino será coberto por uma capa de cabedal. O objetivo é que o som seja abafado — um sinal de que vai começar o último dia de cerimónias.
A urna da Rainha será então levada, às 10h52, para a carruagem que sempre transportou os Reis e que estará na porta norte do palácio de Westminster, pelos elementos da Marinha real britânica. Desde o funeral da Rainha Vitória, em 1901, que a carruagem real não é transportada por cavalos — nesse ano, os animais pararam e foram os marinheiros a transportar o caixão. A partir desse momento, a Marinha britânica ficou sempre responsável pelo transporte.
Por volta das 11h, a urna deverá chegar à abadia de Westminster, onde vão estar cerca de dois mil convidados — incluindo os antigos primeiros-ministros britânicos, a atual primeira-ministra Liz Truss, e o Presidente norte-americano Joe Biden. Até às 12h, ouve-se o arcebispo e, durante este período, os órgãos de comunicação social não poderão filmar as caras dos membros da família real.
No final, há dois minutos de silêncio nacional e, logo depois, a urna de Isabel II já estará a ser transportada para o Arco de Wellington, onde deverá chegar às 13h, depois de passar em procissão pelo Palácio de Buckingham.
A última paragem será a capela de São Jorge, em Windsor, onde Isabel II passou, aliás, grande parte dos últimos anos. Deverá chegar aqui às 16h. Depois, antes de se ouvir, pela última vez, o hino, serão retirados os objetos que estão sobre a urna — a coroa real, a esfera e o ceptro real.
Já no interior da capela, Carlos III vai dar então o último adeus à Rainha, atirando terra vermelha. Esta parte da cerimónia fúnebre já não será transmitida pelas câmaras.