O ministro das Infraestruturas disse esta quinta-feira que espera que a adjudicação da compra de 117 carruagens para a CP, cujo concurso está em curso, aconteça no início de fevereiro, e não este ano, como inicialmente previsto.

“Lançámos um concurso para 117 comboios novos, o concurso está em curso, esperamos adjudicar em início de fevereiro”, afirmou aos jornalistas o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, durante a deslocação de comboio para o Conselho de Ministros, no âmbito do Dia Europeu Sem Carros, acompanhado pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado.

O caderno de encargos para o concurso dos comboios, apresentado pelo presidente da CP, Pedro Moreira, em dezembro do ano passado, definia que as 117 automotoras que a empresa vai comprar terão um preço base de 819 milhões de euros e que a adjudicação deveria ocorrer este ano.

O governante avisou, porém, que “não há comboios em stand” e será preciso “esperar que eles sejam fabricados”.

“Depois de muitas décadas em que o país foi investindo no automóvel excessivamente, nós hoje pagamos caro essa dependência excessiva do automóvel, mas a verdade também é que nos últimos anos nós conseguimos dar prioridade ao transporte coletivo”, apontou Pedro Nuno Santos.

Além das automotoras, que incluem 62 unidades para os serviços urbanos e 55 unidades para o serviço regional, a CP tem ainda a opção de aquisição de mais 36 unidades para o serviço urbano. Este concurso não contemplou a compra de comboios de longo curso.

Em 21 de fevereiro, a CP – Comboios de Portugal anunciou ter recebido seis candidaturas ao concurso de aquisição de 117 automotoras, apresentadas por três empresas e três consórcios e onde figuram fabricantes europeus, chineses e japoneses. A entrega do material deverá estar concluída em 2029.

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