A jogar em casa, a Renault prepara um Salão de Paris em grande, com modelos eléctricos agendados para surgir em breve, de uma versão mais potente, estilo GT Turbo, do novo R5 a bateria ao regresso do R4 como um SUV eléctrico, além de novidades para aumentar a gama proposta pela Alpine. Mas antes o construtor francês decidiu homenagear um dos seus modelos mais emblemáticos e desportivos, o pequeno mas ágil R5 Turbo de dois lugares, com motor central e tracção traseira, propondo uma versão eléctrica, o Renault 5 Turbo 3E.
O R5 Turbo, tal como apareceu em 1980, montava em posição central um velhinho motor 1.4 que equipava os modelos mais baratos da marca francesa, só que vitaminado pela Renault Sport para atingir 160 cv. Para simplificar a produção e conter os custos, a caixa de velocidades derivava de outro modelo da casa, o R30, mas o que fortaleceu a sua reputação foram os sucessos na competição com os R5 Turbo Cévennes, Tour de Corse e Maxi Turbo, com este último a ter superado 385 cv, sobretudo quando Jean Ragnotti estava ao volante.
Para honrar este passado e ainda antes de revelar o novo R5 eléctrico em versão “GT Turbo”, o construtor concebeu o Renault 5 Turbo 3E. Partindo de um chassi tubular, sob o qual foi instalada uma bateria com 42 kWh de capacidade, o R5 Turbo eléctrico monta no eixo traseiro dois motores eléctricos que somam 280 kW, cerca de 380 cv e 700 Nm.
Com a mesma altura (1,32 m) dos antigos R5 Turbo a gasolina, mas 25 cm mais largo (2,02 m), o R5 Turbo 3E monta ainda uma imponente asa traseira. A carroçaria é em fibra de carbono, com algumas zonas em material transparente para que se possa ver os componentes eléctricos que lhe dão vida. Apesar deste esforço para conter o peso, o R5 Turbo eléctrico acusa 980 kg quando colocado sobre a balança, valor que sobe para 1500 kg se lhe adicionarmos os 520 kg da bateria. Mas isso não o impede de conseguir ir de 0 a 100 km/h em apenas 3,9 segundos.
Mas o R5 Turbo 3E tem uma série de cartas na manga e em todas elas o trunfo é diversão ao volante. O painel de instrumentos levanta uma ponta do véu, ao mostrar 10 pequenos ecrãs tácteis, cada um referente a um diferente modo de condução e com denominações que saem do que é habitual. Ligar o carro é algo que se consegue carregando no “free play”, para o modo de drift (aquelas imensas derrapagens controladas enquanto os pneus traseiros desaparecem em fumo) entrar em acção assim que se pressiona “turbo”, ao passo que a optimização do modelo para fazer piões surge quando activamos o modo “donut”. Este Renault 5 Turbo 3E não irá ser comercializado, mas estará acessível a todos, através de videojogos.
