A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) vai dinamizar em outubro o colóquio “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade”, no qual estarão reunidas várias instituições internacionais.
O colóquio, que vai decorrer em 27 e 28 de outubro, vai contar com a participação de “diversas bibliotecas que têm uma marca de água especial pela sua história e função que desempenharam”, afirmou o diretor da BGUC, João Gouveia Monteiro, em conferência de imprensa.
A Biblioteca do Trinity College, em Dublin (Irlanda), “uma das mais ricas e bonitas bibliotecas do mundo anglo-saxónico”, a biblioteca do Mosteiro de Saint Gall, na Suíça, a Biblioteca de Alexandria, no Egito, o Real Gabinete Português de Leitura, no Brasil, e a Biblioteca General Histórica da Universidade de Salamanca, Espanha, com uma “história excecionalmente rica”, são as instituições que irão marcar presença no evento.
A sessão de encerramento do evento, com o tema “Uma Biblioteca Universal”, estará a cargo do escritor argentino Alberto Manguel, “um dos bibliófilos mais conceituados e experientes” da atualidade, e que está a preparar o futuro Centro de Estudos da História da Leitura em Lisboa, realçou o diretor da BGUC.
Durante a conferência de imprensa, João Gouveia Monteiro destacou também um ciclo de tertúlias que a biblioteca irá dinamizar em 2023, em que se procura antecipar as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, refletindo sobre o que mudou no país nas últimas cinco décadas.
Demografia, cidadania, juventude, saúde mental ou envelhecimento serão alguns dos temas que serão debatidos nas tertúlias.
Entre 07 e 10 de novembro, a biblioteca promove um programa que cruza religião e gastronomia, com tertúlias e provas gastronómicas.
Exibição de filmes, exposições, visitas e tertúlias são outras propostas da BGUC até ao final do ano.
Segundo João Gouveia Monteiro, a biblioteca deverá encerrar 2022 com 60 iniciativas culturais.
A instituição tem como intenção “oferecer à cidade uma programação cultural sólida”.
Durante a conferência de imprensa, João Gouveia Monteiro abordou ainda as necessidades de requalificação da Biblioteca Geral, nomeadamente na sua cobertura, referindo que, “quando há cargas de água violentas, há tendência para haver infiltrações” no edifício, sendo necessário proteger as zonas mais expostas.