Quarto jogo em casa para o Campeonato, terceira vitória, terceira partida a marcar três ou mais golos. A caminhada na prova pode não estar a ser a melhor, o desaire com o Desp. Chaves atirou mesmo a equipa do Sporting para um momento mais complicado, mas os triunfos em Alvalade continuam a surgir estando associados aos tais números que Rúben Amorim tem pedido de forma regular. E foi assim que, depois da terceira derrota na Primeira Liga frente ao Boavista, os leões voltaram às vitórias com o Gil Vicente.

Cem Pote, Amorim não era a mesma coisa (a crónica do Sporting-Gil Vicente)

Houve alguns destaques individuais, por motivos diferentes. José Marsà, central contratado ao Barcelona B na última temporada que fez a estreia como titular na posição de El Patrón Coates. Morita, pela primeira vez desde que chegou a Portugal a marcar e a assistir no mesmo jogo. Nuno Santos, que voltou a fazer uma assistência depois de ter dado o golo a Marcus Edwards no Bessa. Pedro Gonçalves, que cumpriu o 100.º jogo no Campeonato com um golo que o coloca entre os melhores marcadores da prova (cinco). Contudo, o principal destaque para Rúben Amorim foi mesmo a resposta coletiva que a equipa conseguiu dar.

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“Foi um jogo bastante competente, que podia ter sido mais complicado não tivéssemos marcado os golos na primeira parte. Sente-se no ambiente do estádio. É normal, temos de ser nós a empolgar os adeptos. Criámos várias oportunidades, não deixámos o Gil Vicente criar, talvez só na fase final da primeira parte com o Navarro. No segundo tempo voltámos a ser competentes, com várias oportunidades. Devíamos ter feito mais golos e não podíamos ter sofrido. Um golo complicado, com um ressalto no avançado, que sobra para o Navarro finalizar. Mas foi uma vitória justíssima, podia ter sido mais dilatada”, começou por dizer o técnico dos verde e brancos na zona de entrevistas rápidas da SportTV após o jogo.

“Fomos muito consistentes, a defender e atacar. Devíamos ter feito mais golos e não podíamos sofrer na ultima jogada. Num momento difícil a equipa respondeu com uma exibição segura, grandes momentos e boas jogadas. O importante é continuar, mesmo nas fases menos boas, a ver equipa com esta identidade. Preparámos o jogo para uma linha de quatro e apareceu de cinco, mas estamos habituados pois treinámos uns contra os outros nesse sistema. Estamos habituados, adaptaram-se, percebemos que iam jogar com três centrais e foi mais fácil”, acrescentou ainda a esse propósito em declarações à Sporting TV.

“É importante saber que numa equipa grande basta um jogo para mudar tudo. Nos últimos seis perdemos um, sofremos três golos e marcámos 15. Não vamos pensar que vamos agora entrar numa sequência de vitórias. Ganhámos este e vamos agora pensar no próximo. Mais ativo no banco? Era para transmitir à equipa que nada estava controlado, que um golo pode mudar o jogo. Era só para não deixar os jogadores relaxar…”, explicou ainda a propósito das movimentações na zona técnica durante a partida.

À SportTV e também ao canal do clube, Rúben Amorim abordou também as exibições do estreante José Marsà e de Morita. “O Marsà já tinha feito na pré-época e tem uma escola de Barcelona que se nota no jogo: muito confiante com bola, muito forte na organização do jogo… Tem defeitos, porque não tem tanto jogo na parte defensiva, mas é muito inteligente. Mereceu e fez por isso. O Morita cresce de jogo para jogo, tem evoluído muito. É muito humilde e isso ajuda todos os jogadores a crescer. Está preparado para jogar numa equipa grande, é jogador de seleção e tenho a certeza que vai continuar a crescer. Aparece bem em zonas de finalização. Aqui solta-se bastante, tem bom timing e é muito inteligente. No Japão faz esta posição e tem muita qualidade técnica. Sente-se bem mas ele pode dar mais”, salientou.