Além de automóveis eléctricos, a Tesla lança-se na produção de robôs humanóides, que o CEO da empresa, Elon Musk, acredita poder comercializar por menos de 20.000 dólares, abaixo de 20.000€. E durante o evento que teve lugar ontem, 30 de Setembro pelas 21h15 na Califórnia (5h15 de 1 de Outubro em Portugal), a Tesla não revelou apenas um, mas sim dois robôs, uma vez que ao Bumble C, essencialmente a primeira versão do humanóide, seguiu-se o robô Optimus, de aspecto mais sofisticado e mais próximo da versão definitiva.

O Bumble C foi o primeiro humanóide da Tesla, concebido e produzido com base em peças existentes no mercado, nomeadamente os actuadores electromecânicos, tudo para ver se o projecto tinha pés para andar, além de testar tecnologias e sistemas de orientação e equilíbrio, bem como o sistema de inteligência artificial que gere o robô, ainda que o aspecto final seja algo grosseiro, muito em linha com o que se via nos filmes de ficção científica dos anos 90.

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O Bumble C já a trabalhar na Gigafactory em Fremont

Depois do Bumble C entrou em cena o Optimus, a denominação do robô definitivo da Tesla. Mais humanóide, uma vez que já é construído com peças concebidas de raiz para se adaptar às suas necessidades e dimensões, o Optimus avançou umas dezenas de anos em matéria dos robôs que nos habituámos a ver nos filmes de ficção científica. Musk garantiu que “o novo robô irá poder deslocar-se pelos seus próprios meios dentro de umas semanas”, sendo este o motivo que levou a Tesla a mostrar primeiro o Bumble C, completamente funcional. O CEO do construtor não deixou, contudo, de assegurar que apenas o Optimus passará à produção em série, já com equipamento, bateria e actuadores feitos à medida pela Tesla.

O Optimus montará uma bateria com 2,3 kWh de capacidade, cerca de 2% da bateria de um Model S ou 3% de um Model 3 ou Model Y. Ainda assim, a Tesla acredita ser suficiente para alimentar o robô durante um dia de trabalho. Curiosamente, o Optimus será equipado com um sistema de condução autónoma similar ao utilizado nos veículos da marca, presume-se que adaptado à realidade do humanóide e às suas funções. Para a Tesla, a grande diferença do seu humanóide face à concorrência reside no facto de o Optimus ter sido pensado para ser produzido em série e em grandes quantidades.

O futuro do robô, que está programado para entrar em produção algures em 2023, é ajudar a sociedade, como por exemplo idosos, a quem poderia auxiliar nas tarefas mais exigentes em matéria de esforço. Mas o maior objectivo é ajudar a reduzir os custos de produção, desempenhando funções em linha de fabrico e montagem. E uma das primeiras tarefas do Optimus será trabalhar nas fábricas da Tesla, substituindo trabalhadores ou outro tipo de automatismos. E para juntar a acção à palavra, a Tesla mostrou um dos Bumble C a trabalhar na fábrica de Fremont, na Califórnia.