Conferência de imprensa, 5 de outubro, quarta-feira, Nyon. A candidatura conjunta de Portugal e Espanha à organização do Campeonato do Mundo de 2030 iria voltar a fazer uma ação pública depois de ter estado junta em Braga, com os presidentes Fernando Gomes e Luis Rubiales a assistirem juntos ao encontro da última jornada da Liga das Nações. Assim será. No entanto, o provável anúncio já se tornou conhecido.

Portugal e Espanha anunciam candidatura conjunta ao Campeonato do Mundo de 2030

De acordo com o The Times, a Ucrânia vai juntar-se ao projeto ibérico numa decisão que foi concertada com o próprio presidente do país, Volodymyr Zelensky. A publicação adianta mesmo a possibilidade de o país invadido pela Rússia poder receber pelo menos um dos grupos que irão discutir o Mundial.

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O pedido dos ucranianos foi aceite pelas duas federações, que entendem que na altura da decisão sobre quem irá receber a organização do evento a guerra já terá chegado ao fim e que estará num período em que tenta reconstruir e fazer crescer de novo o país, pelo que uma grande competição para colocar a Ucrânia nos holofotes do mundo mas por outras razões será algo que irá ajudar e muito na retoma.

António Laranjo vai coordenar candidatura de Portugal e Espanha à organização do Mundial de 2030

Há ainda um ponto mais “político” nesta novidade que poderá recolocar a candidatura ibérica (que deixará de ser assim intitulada, claro está) como a favorita ao triunfo. O The Times explica que Gianni Infantino, presidente da FIFA, tinha mantido algumas reuniões nas últimas semanas com responsáveis de Arábia Saudita, Egito e Grécia no sentido de “promover” aquela que seria a primeira candidatura de sempre entre três confederações de futebol (Ásia, África e Europa), mas que a inclusão da Ucrânia nesta fase da sua existência num projeto com Portugal e Espanha poderá de novo virar o pêndulo da decisão.

Dragão, Luz e Alvalade são os três estádios portugueses incluídos na candidatura ibérica ao Mundial 2030

De recordar que existe ainda uma outra candidatura da América do Sul, que junta Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai, tendo como bandeira a celebração dos 100 anos da realização do primeiro Mundial no continente. Já a hipótese de um projeto britânico acabou por cair nos últimos meses. Outra das vantagens que Portugal, Espanha e Ucrânia têm passa pela realização da prova no verão, ao contrário do que teria de acontecer num projeto que tivesse a Arábia Saudita e que vai também ocorrer em 2022.