Quanto pode valer, no próximo ano, pedir para baixar (em um nível) a retenção na fonte mensal? Os trabalhadores que ganham até 2.700 euros brutos mensais e tenham crédito à habitação vão ter a opção de pedir à empresa para reter menos em IRS, a cada mês, para aumentar a remuneração líquida – embora tenham de ter noção de que isso vai reduzir os reembolsos quando se fizer contas com o fisco no ano seguinte.

Ainda assim, a ideia plasmada na Proposta de Orçamento do Estado para 2023 é ajudar os contribuintes a atenuar o impacto da subida dos juros do crédito à habitação, que em alguns casos pode significar algumas centenas de euros em relação ao que se pagava há poucos anos, anos em que a política monetária do BCE levou as Euribor para mínimos históricos (incluindo para níveis negativos).

O Observador pediu à consultora EY simulações sobre quanto é que isso pode significar no rendimento mensal – com a ressalva de que as simulações consideram a atual tabela de retenção na fonte, já que as do próximo ano ainda não foram divulgadas.

Veja as simulações para:

1) Sujeito passivo solteiro:

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2) Sujeito passivo casado único titular de rendimentos – sem dependentes:

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3) Sujeito passivo casado único titular de rendimentos – com dois dependentes:

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Em traços gerais, a EY salienta que “ainda que se verifique um potencial aumento na liquidez mensal das famílias devido à redução da taxa de retenção na fonte de IRS, é importante notar que o resultado do imposto anual devido, após a entrega da declaração de IRS, não sofre qualquer alteração“.

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Ou seja, “o imposto apurado após aplicação das taxas anuais de IRS será o mesmo, independentemente da aplicação desta norma, na medida em que não foram introduzidas na Proposta do Orçamento do Estado para 2023 quaisquer medidas adicionais nomeadamente, ao nível das deduções à coleta”. “Devido à redução da retenção mensal de IRS, é expectável um reembolso de IRS inferior para as famílias em 2024 (ou um pagamento de imposto superior), correspondente ao montante da ‘variação anual’ refletido nas simulações”, explica a EY.

Como vai funcionar o novo modelo de retenções na fonte para quem tem crédito à habitação