E, de repente, o FC Porto só depende de si próprio para chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Depois de perder nas duas primeiras jornadas, a equipa de Sérgio Conceição venceu o Bayer Leverkusen no Dragão e na Alemanha e está agora no segundo lugar de um grupo onde o Club Brugge já está apurado.

Diogo mata, Galeno esfola, Sérgio ganha (a crónica do Bayer Leverkusen-FC Porto)

Em resumo, os dragões podem mesmo garantir a qualificação já na próxima jornada se vencerem os belgas em Brugge e se o Atl. Madrid não vencer o Bayer Leverkusen em Espanha — se essa conjugação não acontecer, fica tudo adiado para a última partida, no Dragão e contra a equipa de Diego Simeone.

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Esta quarta-feira, o FC Porto alcançou a quarta vitória da história na Alemanha, sendo que todas aconteceram na Liga dos Campeões, e igualou mesmo alguns dos maiores triunfos fora de casa na competição: sendo que o maior continua a ser o 0-5 ao Werder Bremen em 1993/94. De forma global, os dragões carimbaram a quarta vitória consecutiva, igualando o melhor registo da temporada.

Diogo Costa foi um dos elementos mais importantes do FC Porto na Alemanha, com uma assistência diretamente para o golo de Galeno e uma defesa à grande penalidade de Demirbay, e passou pela zona de entrevistas rápidas para explicar mais uma exibição crucial para a equipa. “Foi um dos lances estudados passados pelo mister, para aproveitarmos a linha defensiva muito alta do Leverkusen. Foi o que foi trabalhado. Estamos muito satisfeitos com a vitória. Senti-me muito feliz por ajudar a equipa, o que procuro é ajudar a equipa. Não penso muito no individual, o que quero é ajudar a equipa para que possamos ganhar, todos juntos, estes grandes jogos”, atirou o internacional português, que se tornou o guarda-redes dos dragões com mais penáltis defendidos na Liga dos Campeões, quatro.

Já Sérgio Conceição, também na flash interview, falou num “jogo difícil”. “Contra uma equipa de um Campeonato extremamente competitivo, que joga com uma volta e intensidade grandes. Cabia-nos definir a melhor estratégia para ganhar este jogo. Houve coisas bem feitas e os jogadores estão de parabéns. Houve coisas que não correram da forma como tínhamos planeado. De qualquer das maneiras, ganhar por 3-0 na Alemanha… Penso que desde 2006 não o conseguíamos fazer. Há já muitos anos. E perante um adversário como este Bayer Leverkusen, deixa-nos a todos orgulhosos. Aos jogadores, pelo espírito que tiveram naquilo que foi o foco na concentração no jogo. Cada um teve a responsabilidade nas tarefas definidas. Depois, coletivamente, éramos uma equipa forte se cada um fizesse o seu trabalho e foi isso que aconteceu. Obviamente, queremos a perfeição mas ela não existe. Houve muitas coisas do jogo que foram trabalhadas no Olival e isso deixa-me muito orgulhoso”, atirou o treinador dos dragões.

“A nossa recuperação estava demasiada baixa na primeira parte. A entrada do Evanilson foi importante. As nossas saídas para o ataque não estavam a resultar devido à pressão do adversário, que tem muita qualidade. Mas havia falta de qualidade nossa e acho que pelo comportamento da linha defensiva onde o Bayer Leverkusen é forte, que é o espaço nas costas. Acho que poderíamos e deveríamos estar um bocadinho mais altos no campo na primeira parte como estivemos na segunda. Por vezes, temos de sofrer com aquilo que é a qualidade do adversário e estar no nosso terço defensivo. Mas houve situações no momento de pressionar em que poderíamos ter feito melhor na primeira parte”, concluiu Sérgio Conceição.