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O ministro da Energia e Recursos Naturais da Turquia, Fatih Donmez, disse esta quarta-feira que a proposta da Rússia de fazer do seu país um centro de distribuição de gás russo para a Europa ainda precisa de ser analisada, mas que é possível.
Durante um fórum de energia em Moscovo, neste dia, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia pode aumentar a capacidade das suas exportações de gás para a Turquia e, eventualmente, transformar este país num centro de abastecimento de gás para a Europa.
“Quanto à proposta de Vladimir Putin, estamos a ouvi-la pela primeira vez. É muito cedo para dizer que sabemos como o fazer. Para nós, esta é uma proposta nova. Precisamos de discutir questões técnicas, comerciais e legais“, disse o ministro durante o fórum de energia em Moscovo.
Donmez explicou que a Turquia está a trabalhar muito ativamente com a Rússia e que ambos os países partilham a ambição de projetos tecnológicos de grande dimensão.
“O TurkStream é o primeiro dos grandes projetos internacionais e neste momento estamos também a trabalhar na central nuclear de Akkuyu”, disse o ministro, referindo-se ao gasoduto que transporta gás desde a Rússia até à Turquia e a uma fábrica na costa mediterrânica.
“Acho que a proposta de Vladimir Putin deve ser discutida em pormenor. Mas, tecnicamente, é possível”, garantiu Donmez.
“O tráfego pela rota do Mar Báltico (através dos gasodutos Nord Stream) pode ser desviado para o Mar Negro. E podemos garantir as principais rotas para a Europa através da Turquia, tornando esse país um centro importante, se os nossos parceiros europeus estiverem interessados“, tinha explicado, horas antes, o líder russo, na apresentação da sua proposta.
O CEO da empresa estatal energética russa Gazprom, Alexei Miller, salientou que a empresa que dirige está tecnicamente preparada para construir novos gasodutos para a Turquia através do Mar Negro, que podem fazer chegar o gás à União Europeia.
“Tecnicamente, estamos preparados para construir instalações de transporte de gás. Quanto ao centro (de distribuição), a questão de uma plataforma comercial na fronteira entre a União Europeia e a Turquia deve ser considerada”, sublinhou Miller.
