A Europa teme as consequências que a falta de energia anunciada para este Inverno possa implicar para os habitantes do Velho Continente. A invasão da Ucrânia pelos russos vai desencadear uma crise energética, que irá provocar limitações nos transportes, no aquecimento e na alimentação e, para não cortar ainda mais a energia de que a população carece para se aquecer, prevêem-se cortes na energia destinada à indústria. E uma das mais penalizadas deverá ser a automóvel.

Face a este cenário, a consultora S&P Global Mobility antecipa uma considerável quebra no volume de produção de veículos na Europa para o próximo ano, avançando que os cortes se podem começar a sentir já nos últimos meses de 2022. Isto apesar de os Governos dos diferentes Estados-membros prometerem realizar um esforço para minimizar os danos, tanto mais que a esperada redução da produção fabril irá penalizar as finanças dos construtores e dos diferentes países.

As previsões da S&P Global Mobility apontam para uma produção de apenas 2,8 milhões de veículos por trimestre nos países da União Europeia, bem longe dos níveis habituais, que oscilam entre 4 e 4,5 milhões de unidades. Isto representa uma quebra de até 38%, o que significa menos veículos fabricados em 2023, algures entre 4,8 e 6,8 milhões de unidades.

A S&P Global Mobility analisou 11 marcas e grupos industriais com instalações fabris na Europa, apontando os que estão mais bem posicionados para resistir à crise energética como aqueles que se encontram localizados na República Checa e na Alemanha, por dependerem menos das centrais eléctricas a gás e, por outro lado, por terem maior quantidade de gás armazenada. Menos bem no ranking da S&P Global Mobility ficam países como a Itália, Espanha e Bélgica.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR