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Se é preciso reacender a chama, Rúben, Porro é o fósforo (a crónica do Sporting-Casa Pia)

Este artigo tem mais de 1 ano

Sporting começou a perder, deu a volta em três minutos e voltou às vitórias contra o Casa Pia em Alvalade (3-1). Porro não marcou mas esteve em dois dos três golos e voltou a ser crucial para Amorim.

Sporting CP v Casa Pia AC - Liga Portugal Bwin
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O lateral espanhol foi titular no corredor direito leonino e saiu já na segunda parte

DeFodi Images via Getty Images

O lateral espanhol foi titular no corredor direito leonino e saiu já na segunda parte

DeFodi Images via Getty Images

Seis jogos, quatro derrotas. Desde que perdeu no Bessa, há pouco mais de um mês, o Sporting entrou numa fase negra em que perdeu quatro vezes em seis partidas disputadas e sofreu nove golos contra sete marcados. Pelo meio, tornou bem mais difícil o apuramento para os oitavos da Liga dos Campeões, foi eliminado da Taça de Portugal e ficou a nove pontos do líder Benfica. No fim, afundou-se numa crise sem paralelo desde que Rúben Amorim chegou a Alvalade.

“Temos de recuperar a chama depois da eliminação com o Varzim. Mais do que o aspeto financeiro e os títulos, é importante recuperar essa chama que temos vindo a perder um bocadinho. Temos de voltar a trazer essa chama cá para dentro. Sei o clube que represento. A culpa será sempre minha no final do Campeonato. Serei o responsável. Se tiver de seguir em frente, seguirei. É assim que quero funcionar. Peço desculpa se deixei no ar que os responsáveis são outros. Ainda há objetivos mas o responsável serei sempre eu”, explicou o treinador leonino na antecâmara da receção deste sábado ao Casa Pia, numa das primeiras ocasiões em que abriu a porta a uma eventual saída de Alvalade.

Ficha de jogo

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Sporting-Casa Pia, 3-1

10.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Hélder Malheiro (AF Lisboa)

Sporting: Adán, Gonçalo Inácio, José Marsà (Chico Lamba, 45′), Matheus Reis, Pedro Porro (Mateus Fernandes, 78′), Manuel Ugarte (Flávio Nazinho, 78′), Morita, Nuno Santos, Trincão (Paulinho, 54′), Marcus Edwards, Pedro Gonçalves (Arthur Gomes, 72′)

Suplentes não utilizados: Franco Israel, Alexandropoulos, Rochinha, Jovane Cabral

Treinador: Rúben Amorim

Casa Pia: Ricardo Batista, João Nunes (Leonardo Bolgado, 83′), Vasco Fernandes, Fernando Varela, Lucas Soares, Afonso Taira (Vitó, 66′), Romário Baró (Yan Eteki, 55′), Leonardo Lelo, Kunimoto (Neto, 45′), Clayton (Rafael Martins, 66′), Godwin

Suplentes não utilizados: Lucas Paes, Derick Poloni, Diogo Pinto, Zolotic

Treinador: Filipe Martins

Golos: Clayton (43′), Paulinho (57′), Nuno Santos (59′), Pedro Gonçalves (gp, 65′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Godwin (23′), a Gonçalo Inácio (25′), a Clayton (37′), a Kunimoto (45′), a Pedro Porro (45+3′), a Eteki (64′), a Vitó (90+4′)

Ainda assim, este fim de semana, o Sporting procurava voltar às vitórias contra a equipa revelação da temporada — que, na verdade, tinha mais um ponto do que os leões na classificação da Primeira Liga. Mais do que os três pontos, o conjunto de Rúben Amorim teria de ganhar para recuperar a tal “chama” de que o treinador falou na conferência de imprensa e voltar a agarrar um clube que, nas últimas semanas, parece ter regressado a uma instabilidade que não tinha deixado saudades. Algo que era visível e notório não só pelos resultados e pelas críticas internas e externas mas também pelo ambiente nas bancadas: que, contra o Casa Pia, voltaram a assistir ao aparecimento de engenhos pirotécnicos, a cadeiras a voar e a uma carga policial nas costas de Adán ainda durante a primeira parte.

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Neste contexto, Amorim não podia contar com Coates, que se lesionou ao longo da semana, e lançava José Marsà no trio de centrais em conjunto com Matheus Reis e Gonçalo Inácio, sendo que Nuno Santos ocupava o corredor esquerdo. Pedro Porro era o dono da ala direita, com Ricardo Esgaio a ficar novamente de fora da ficha de jogo, e Paulinho começava mais uma vez no banco face à titularidade de Edwards, Trincão e Pote. Chico Lamba, defesa-central de apenas 19 anos, era a novidade nos eleitos do treinador leonino, com Flávio Nazinho, Mateus Fernandes e Jovane Cabral a surgirem também nos convocados.

O Sporting entrou na partida a todo o gás, com Edwards a ficar muito perto de abrir o marcador logo nos instantes iniciais com um cabeceamento ao lado na sequência de um canto (5′). Os leões tinham o claro ascendente da partida e atuavam muito inseridos no meio-campo adversário, empurrando o Casa Pia para trás e acumulando oportunidades com variações de flanco e a inclusão dos três centrais no movimento de construção. Ricardo Batista evitou o golo de Pote (7′) e encaixou um livre direto de Nuno Santos (15′) e a equipa de Filipe Martins não escondia a intenção de ferir o Sporting através do contra-ataque.

Foi precisamente assim que o Casa Pia criou uma das melhores ocasiões do primeiro tempo, com Romário Baró a acelerar no corredor central antes de solicitar Clayton na grande área, que puxou para dentro e atirou rasteiro para acertar no poste de Adán (15′). O Sporting estava muito subido no terreno, procurando afundar o adversário, e os gansos exploravam essencialmente o espaço que surgia nas costas leoninas e a profundidade que a defesa do Sporting nem sempre conseguia anular.

Ainda assim, a superioridade dos leões era notória — e sublinhada pelos 10 remates feitos pela equipa de Rúben Amorim dentro da primeira meia-hora. Trincão também ameaçou com um pontapé por cima (20′), Pote forçou Ricardo Batista a outra defesa apertada (33′) e Morita, com um remate cruzado de fora de área (40′), também viu o guarda-redes do Casa Pia tornar-se decisivo. Até que, já bem perto do intervalo, o Sporting ficou refém da velha máxima que diz que quem não marca, sofre.

Morita falhou uma interceção na zona do meio-campo, Godwin fez um passe de primeira que isolou Clayton com todo o meio-campo leonino pela frente e o avançado foi mais rápido do que Marsà para chegar à cara de Adán e atirar rasteiro para abrir o marcador (43′). No fim da primeira parte, apesar de ter sido claramente superior e de ter visto Ricardo Batista fazer cinco defesas decisivas, o Sporting estava a perder em Alvalade com o Casa Pia e tinha 45 minutos para evitar a quinta derrota em sete jogos.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-Casa Pia:]

Rúben Amorim foi forçado a realizar a primeira substituição logo ao intervalo, retirando Marsà — que ficou fisicamente diminuído nos últimos instantes do primeiro tempo depois de sofrer uma falta — para lançar o jovem Chico Lamba, que fez a estreia absoluta pela equipa principal do Sporting. Do outro lado, face ao cartão amarelo de Kunimoto, Filipe Martins também não arriscou e trocou o japonês para colocar Neto.

O jogo mostrou-se partido no início da segunda parte, com muitas arrancadas de parte a parte e sem que o Sporting conseguisse repetir e reproduzir a presença constante no meio-campo adversário de que tinha beneficiado no primeiro tempo. Ainda assim, os leões continuavam a ser a equipa mais perigosa em campo, com Pote a rematar ao lado depois de mais uma abertura de Morita (49′) e Trincão a acertar no poste (52′), e Amorim procurou capitalizar esse ascendente com a entrada de Paulinho. E conseguiu.

Três minutos depois de entrar, na sequência de um grande remate de Porro que Ricardo Batista defendeu para a frente, Paulinho surgiu a cabecear na recarga e empatou a partida (57′). O Sporting navegou a onda da confiança adquirida com o golo e carimbou a reviravolta dois minutos depois, com Porro a cruzar da direita para a esquerda, para o poste mais distante, onde Nuno Santos apareceu a rematar de primeira e com muita força (59′). Pouco depois, Pote fechou as contas de grande penalidade (65′), na sequência de uma falta sobre Edwards, e colocou uma pedra em cima do destino do jogo com o terceiro golo leonino no espaço de oito minutos.

Até ao fim, à exceção da estreia de Mateus Fernandes, já pouco aconteceu. O Sporting voltou às vitórias e derrotou o Casa Pia em Alvalade para subir ao quarto lugar da Primeira Liga, ficando agora a três pontos do FC Porto e do Sp. Braga. Num dia em que tudo pareceu mudar com a entrada de Paulinho, Pedro Porro mostrou ser o fósforo da tal chama que Rúben Amorim quer reacender — esteve em dois dos três golos, foi sempre dos melhores elementos da equipa e mostrou o salto qualitativo que os leões dão sempre que está em campo.

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