Depois de dias de espera e de especulação, Boris Johnson não vai, afinal, lançar-se na corrida para a liderança do partido Conservador. “No curso dos últimos dias, cheguei tristemente à conclusão de que isto não seria simplesmente a coisa certa a fazer. Não é possível governar efetivamente, a não ser que haja um partido unido no parlamento”, anunciou este domingo num comunicado

Rishi Sunak e Penny Mordaunt foram contactados pelo antigo primeiro-ministro, mas, diz Johnson, não foi possível chegar a acordo. “Esperava que nos pudéssemos  unir em nome do interesse nacional”, escreveu: “Assim, temo que a melhor coisa a fazer seja não permitir que a minha nomeação avance”. Boris garantiu desde já o seu apoio a quem suceder a Liz Truss. Não se retirando do cenário político: “Acredito que tenho muito para oferecer, mas receio que não seja a altura certa.”

No início do comunicado, Boris Johnson garante que excedeu as 100 assinaturas necessárias para se lançar à corrida (foram 102, especifica), considerando que seria altamente provável regressar à liderança do partido. Deixa no ar a possibilidade de participar na corrida em 2024.

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“Acredito que estou bem posicionado para alcançar uma vitória Conservadora em 2024 — e hoje posso confirmar que consegui superar uma barreira muito alta de 102 nomeações”, continua. “Havia uma hipótese muito elevada de ter sucesso numa eleição entre os membros do partido Conservador — e poderia, de facto, estar de volta a Downing Street na sexta-feira.”

O antigo líder dos tories lembra que “há menos de três anos” liderou o partido numa vitória eleitoral “massiva” — e que, por isso, estaria bem posicionado para “evitar uma eleição geral” — que, considera, seria uma “distração desastrosa”, numa altura em que o governo deve focar-se nas “pressões económicas que as famílias enfrentam por todo o país.”

Na corrida à liderança do partido ficam, assim. Rishi Sunak e Penny Mordaunt.