O grupo Jerónimo Martins, que além do Pingo Doce, também tem negócio na Polónia e Colômbia, aumentou os lucros dos primeiros nove meses do ano para 419 milhões de euros, informou a empresa em comunicado divulgado esta quarta-feira. Um comunicado onde a empresa garante que absorveu “parte” dos aumentos nos preços de compra dos produtos aos fornecedores, tentando criar “oportunidades de poupança para os clientes” no âmbito de programas de fidelização.
O crescimento dos lucros neste período ascende a quase 30%, tendo em conta que nos primeiros nove meses de 2021 o grupo tinha tido resultados de 324 milhões de euros – um resultado que, na altura, representava um crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior (2020).
No comunicado difundido esta quarta-feira, a dona do Pingo Doce aponta que a faturação (vendas consolidadas) cresceram 21% para os 18,4 mil milhões de euros, o que levou a um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1,3 mil milhões de euros.
O grupo diz que “a subida generalizada de preços num contexto de crise alimentar e energética continuou a marcar a conjuntura a nível internacional e também nos três países” onde está presente. Porém, garante: “conscientes da pressão da inflação sobre o custo de vida das famílias, todas as insígnias do Grupo reforçaram as dinâmicas comerciais e absorveram parte dos aumentos registados nos preços de compra aos fornecedores, investindo na criação de oportunidades de poupança para os seus clientes e no reforço da competitividade”.
“Esta estratégia permitiu um sólido crescimento das vendas e, consequentemente, a proteção da rentabilidade”, remata a Jerónimo Martins, que aumentou em 19% as vendas em termos consolidados. Quando se desagrega esse valor pelas diferentes insígnias, as vendas no Pingo Doce aumentaram 8,3% (excluindo combustível) e as vendas da cadeia Recheio aumentaram 28,9%. A Biedronka, na Polónia, aumentou em 19,5% a faturação.