A queda de cabelo é normal até determinado ponto. O Dr. Diogo Pereira Forjaz, Especialista em Dermatologia, Tricologia e Medicina Estética, Diretor Clínico da Clínica Forjaz e Coordenador do Departamento de Dermatologia do Hospital CUF Cascais, responde a 7 perguntas sobre Queda de Cabelo e ajuda-nos a esclarecer algumas dúvidas habituais.
1.A queda de cabelo é sempre igual?
“Existem vários tipos de queda capilar associados a diferentes causas: a ocasional de aparecimento rápido (eflúvio telógeno agudo), normalmente associada a alterações sazonais, pós-parto ou carências alimentares; a progressiva e prolongada (eflúvio telógeno crónico), regularmente devido a doenças sistémicas crónicas ou a intervenções cirúrgicas; a associada a distúrbios hormonais num contexto genético (alopecia androgenética); e a fisiológica, devido ao processo natural de envelhecimento, relacionada com uma perda de densidade e de massa capilar”.
2.
É possível prevenir?
“É possível prevenir a queda de cabelo sazonal ou outras quedas capilares sem estarem associadas a uma patologia. Para tal, é necessário ter uma cuidada higiene capilar, usar produtos adequados a cada tipo de cabelo e aplicar formulações com agentes protetores do couro cabeludo. Um estilo de vida saudável, uma dieta equilibrada, prática de exercício físico e ausência de ansiedade são, também, medidas a considerar”.
3.
Quando se deve procurar ajuda médica?
“A perda diária de mais de 50 cabelos, a diminuição da densidade e da estrutura capilar, o desenvolvimento de peladas (áreas sem cabelo), o aparecimento espontâneo de cicatrizes e manifestações como descamação e borbulhas no couro cabeludo são situações que justificam uma consulta de um especialista (dermatologistas de preferência na área da tricologia)”.
4.
O que distingue queda de cabelo de alopecia?
“A queda capilar normalmente manifesta-se como uma resposta a um estímulo endógeno (interno) ou exógeno (externo), sendo muitas vezes uma situação rápida e aguda. A alopecia é uma doença normalmente caracterizada por uma queda capilar lenta com características crónicas, tendo frequentemente uma componente genética associada, em que se verifica um enfraquecimento estrutural e uma diminuição da densidade capilar de uma forma progressiva na maioria dos casos clínicos”.
5.
Que tipos de alopecia existem?
“Existem mais de 50 tipos de alopecia. Destacam-se o eflúvio telógeno (queda de cabelo transitória ou permanente), a alopecia androgenética, tanto em mulheres como em homens, e as alopecias cicatriciais”.
6.
A alopecia afeta mais homens ou mulheres?
“A alopecia pode afetar até 70% dos homens e 40% das mulheres, mas os sintomas, a intensidade, as causas e a idade em que se manifestam são diferentes. A alopecia mais comum é a androgenética. Nos homens, os primeiros sinais podem surgir no início da idade adulta, caracterizando-se pela recessão frontotemporal (as vulgares ‘entradas’). Nas mulheres, este tipo de alopecia atinge essencialmente o período da menopausa, manifestada pela diminuição da densidade capilar no topo da cabeça”.
7.
Que tratamentos existem?
“Destacam-se a aplicação de formulações tópicas, os medicamentos tomados por via oral, os tratamentos realizados por médicos e o transplante capilar, caso seja essa a indicação clínica, baseada em exame de diagnóstico prévio”.
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