O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Pedro Dominguinhos, disse este sábado que o programa está a ser cumprido, mas avisa que 2023 vai obrigar a um “esforço adicional” para concretizar as metas definidas.

Se esse “esforço adicional” não for feito tal terá consequências nos investimentos nos anos seguintes e a meta de 2026 fica comprometida, admitiu o responsável, numa entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios.

Na entrevista, Pedro Dominguinhos disse que o nível de pagamentos se situa nos 1.098 milhões de euros, segundo os últimos dados, e que no final do ano se pode chegar aos 1.400 milhões de euros.

Ainda assim, admitiu que era possível em “alguns casos” estar mais adiantado, se os beneficiários finais fossem mais céleres a assinar os contratos, e disse que a queda do Governo atrasou o processo e que em muitos casos a máquina do Estado não estava preparada para a grande procura.

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Na entrevista, Pedro Dominguinhos lembrou que o que existe é um conjunto de investimentos em diferentes ciclos de vida e é neste âmbito que inclui as críticas do Presidente da República ao PRR.

Na primeira semana deste mês, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a necessidade de “aumentar muito” a taxa de execução dos fundos europeus em 2023. E avisou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que estará “muito atento” e não a perdoará caso descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é a que acha que deve ser.

O PRR tem um período de execução até 2026 e é um programa destinado a implementar um conjunto de reformas e investimentos para repor o crescimento económico sustentado após a pandemia de Covid-19.