Centenas de enfermeiros e secretários clínicos de algumas Unidades de Saúde Familiar (USF) da região Norte continuam sem ter recebido parte do incentivo que lhes é devido pelo Estado, relativo à avaliação de desempenho de 2021 — e que deveria ter sido pago até março deste ano. São mais de 2,5 milhões ao todo que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte deve a estes profissionais, revela o Jornal de Notícias na edição desta segunda-feira.

O prémio em causa corresponde a 300 euros mensais que se somam ao salário base e que são pagos caso os enfermeiros tenham cumprido os objetivos contratualizados no ano anterior. A maioria destes profissionais de saúde, porém, tem recebido apenas o correspondente a 150 euros. Isto embora a lei preveja que estes bónus devem ser pagos na totalidade a partir do mês de abril de cada ano, quando é concluída a avaliação de desempenho.

“Cada USF tem, em média, seis enfermeiros e cada um deles tem a haver 150 euros (50%) vezes 11 meses”, afirmou ao JN Diogo Urjais, vice-presidente da Associação Nacional de USF, que já pediu um esclarecimento ao ministério da Saúde. Na prática, estima-se que haja 1,75 milhões em dívida aos enfermeiros do Norte, a que se somam os valores em dívida aos secretários clínicos — chegando assim aos 2,53 milhões.

A situação não afeta os médicos e ocorre nas USF de várias zonas do país, mas é particularmente grave na região Norte. Segundo uma fonte da ARS, “é previsível que a situação fique regularizada até ao final do ano”.

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