A Budweiser, um dos maiores patrocinadores da FIFA, deverá procurar reaver 47 milhões de dólares (cerca de 45 milhões de euros) da organização, na sequência da proibição, na última semana, da venda de álcool nos estádios do Mundial do Qatar, relacionada com as restrições religiosas naquele país muçulmano.
FIFA recua na decisão de permitir venda de cerveja nos estádios
A gigante da cerveja Anheuser-Busch InBev, que além da Budweiser detém dezenas de outras marcas, assinou com a FIFA um acordo no valor de 75 milhões de dólares (72 milhões de euros) para ser o fornecedor oficial do Mundial do Qatar, e já tem firmado um outro para a edição de 2026 do torneio, que decorrerá nos Estados Unidos, Canadá e México.
No entanto, segundo o britânico The Sun, no seguimento da decisão de limitar a venda de bebida na competição a fan zones e outros espaços designados (e a alternativas não-alcoólicas dentro dos recintos desportivos), a Budweiser deverá procurar negociar uma redução do valor relativo ao torneio na América do Norte.
A próxima edição do Mundial será a primeira com 48 equipas, o que significa um aumento no número de jogos, de 64 para 80 — ou seja, um aumento nos lucros da empresa que, com o aumento no número de jogos, terá a oportunidade de vender mais cerveja a mais adeptos.
A decisão da FIFA, que terá sido motivada por pressões do regime qatari, foi anunciada a meras 48 horas do jogo de abertura do torneio e apanhou de surpresa a empresa de cerveja norte-americana. Nos Estados Unidos especula-se que a Budweiser esteja a ponderar ação legal contra a FIFA por quebra de contrato. Paralelamente, a empresa já anunciou que irá oferecer o seu stock excedente ao país vencedor do Mundial.
O “mapa da cerveja” que está a ajudar adeptos de todo o mundo a encontrar álcool no Qatar