O Nevera, o coupé desportivo a bateria da Rimac, foi durante bastante tempo (e com a maior justiça) o melhor hiperdesportivo do mercado no capítulo da capacidade de arranque, sendo igualmente o eléctrico mais veloz fabricado em série, com os seus 412 km/h. Mas ao vender a sua tecnologia à Pininfarina, a Rimac criou um rival, o Battista, que acabou por desafiar (e bater) o Nevera na rapidez de aceleração.

A Rimac é a maior referência na concepção e produção de hiperdesportivos eléctricos, tendo comercializado em 2016 o Concept One, de que produziu 88 unidades com quatro motores e 1305 cv, a que se seguiu o One S em 2017, com 1403 cv. O seu terceiro hiperdesportivo e o mais recente veículo da marca, o Nevera, elevou ainda mais a fasquia, colocando-a nos 1914 cv, o que lhe permitiu ir de 0-100 km/h em 1.97 segundos, para depois atingir 412 km/h.

Pininfarina Battista de 1.927 cv é uma brutalidade (das boas)

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A necessitar de fundos, a Rimac vendeu a sua tecnologia e a base do Nevera à Pininfarina – reputado estilista que participou no design do Concept One e do Nevera – para que pudessem rapidamente construir o Battista. Mas tudo indica que, neste caso, a criatura está disposta a disputar a primazia com o criador, uma vez que o hiperdesportivo italiano conseguiu bater o Nevera na capacidade de arranque.

A Pininfarina anunciou (e confirmou-o com um vídeo) que o Battista se tornou o novo recordista para carros fabricados em série. Apesar de, à semelhança do Nevera, este hiperdesportivo estar limitado a 150 unidades.

De uma assentada, o Battista, italiano de nome – em homenagem ao fundador do gabinete de estilo Pininfarina – mas alemão de nascimento, ao ser “filho” de um construtor sedeado em Munique, converteu-se no modelo mais rápido a ir de 0-100 km/h, fasquia que transpôs ao fim de apenas 1,86 segundos. De caminho, fixou ainda os melhores valores registados de 0-60 milhas/h (1,79 segundos), 0-120 milhas/h (4,49 segundos) e 0-200 km/h (4,75 segundos).

412 km/h. Rimac é o eléctrico de série mais veloz do mundo

Não deixa de ser curioso que o Nevera anuncie 1914 cv de potência e essa mesma mecânica, uma vez instalada no Battista, evolua para 1927 cv. Obviamente, esta pequena diferença (provavelmente resultante de uma conversão mais lideral) não justifica que os 0-100 km/h tenham melhorado de 1,97 segundos no Rimac para 1,86 no Pininfarina, o que provavelmente foi conseguido com recurso a uma redução de peso, seja à custa dos materiais utilizados, ou de um menor nível de equipamento. Veja em baixo o vídeo, para perceber como tudo aconteceu: